quarta-feira, janeiro 22, 2014

A Longa Costa

Com um considerável atraso acabo aqui a récita dos (poucos ) duas de férias que vivi em Agosto. O último foi um sábado, e um sábado onde cedi e fomos almoçar ao Colombo. Depois derivámos para a baixa e visitámos um Museu cujo nome já me escapa (October... a song from U2) e que recria a história de Lisboa, dando especial atenção ao terramoto de 1755. Girinho que não girino... A seguir evitámos subir ao Arco da Rua Augusta - uma fila de cinquenta pessoas - e entrámos no MUDE. O Museu de Design é um pouco confuso e alguma informação em cartaz também é confusa. A colecção não é muito grande. Mas visita-se muito bem e é um regalo para os olhos. Os funcionários porém, não concordarão pois começámos a ser expulsos do museu uma boa meia hora antes da hora de fecho. As férias aproximavam-se de um triste fim, mas um mistério queria eu ainda resolver: afinal o que tem a Costa da Caparica que os lisboetas não lhe saiem de cima? Aproveitando que era já o fim da tarde e, portanto, o trânsito enorme era o de volta, fomos ver. Andamos, andamos, andamos, sempre em contra-corrente,até chegar à Costa da Caparica. Praia grande, perpendiculada por esporões que a defendem do mar. Ainda bastante gente que, pela tarde devia ter sido imensa. Passámos um parque de campismo muito parecido com um campo de concentração improvisado e fomos à procura da Fonte da Telha. No caminho para a estrada acaba por subir a arriba para ao fim de uns quilómetros a descer: Fonte da Telha. Já foi praia clandestina, percebe-se. A construção anárquica e inacabada, as mais das vezes em cima da areia. A praia vem lá de cima e tem o debrum da arriba a perdoar tanta casa malfeitora, tanto atentado terrorista. A Fonte da Telha mereceu a visita, mas... haverá melhor? Chegámos à Lagoa de Albufeira ao fim da tarde. É mesmo uma lagoa, uma coisa pequena, onde pescam. A arriba abre-se aqui para criar um anfiteatro onde a areia nasce da lagoa e corcova até ao mar. Uns chapéus de sol "caribenhos" não estragam. Jantei uma dourada divina no restaurante que ali está sobre a lagoa debruçado. Voltámos para Setúbal com a sensação do dever cumprido. Estava um luar maravilhoso, despedimo-nos de Tróia. Domingo era dia de voltar.

Victor Hémery (1876-1950)

O piloto francês mais importante de todos os tempos, para além de Alain Prost, foi provavelmente Victor Hémery. Não tendo o valor de Felice Nazzaro - porque também não conseguiu prolongar devidamente a sua carreira para depois da Grande Guerra, sendo cinco anos mais velho, teve porém o seu ano de glória em 1905, vencendo o Circuito das Ardenas - o primeiro circuito construido especificamente para corridas de automóveis - e a Vanderbilt Cup em Long Island, então a mais famosa corrida do mundo. Conduzia um Darracq - uma marca pre-histórica francesa. Tornou-se conhecido também porque ora ganhava ora (mais vezes...) ficava em segundo... Anos depois (1910), expulso da Darracq aparentemente por mau comportamento em corrida (tinha um temperamentozinho...), ajudou a Benz a vencer o record de velocidade em carro "lançado" (record que já tinha sido seu com um Darracq), 209 km/h, - com o chamado Blitzen-Benz, um achado para a época - na pista de Brooklands no Reino Unido. Este carro ficou com o record de velocidade - que então era para terra, mar e ar - não havia comboios nem barcos nem aviões mais rápidos - até 1919. Viveu sempre na zona de Le Mans, cidade onde se suicidou em 1950. Tinha sido "inspecteur des permis de conduire" e vivia na mais absoluta pobreza.

Migrei.

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