quinta-feira, agosto 29, 2013

Como a dieta não se transmite de pais para filhos, vejamos o segundo dia de férias.

A pedido da minha filha ela começou a seu jantar do dia dois com um pires de caracóis.
Abomino caracóis. Consigo dizer a única vez que os comi. Foi no Hotel da Lapa, ao lado de um professor meu da Faculdade e após ter recebido um prémio de investigação. Sim é verdade, eu então investigava. Em 1996, para ser mais exacto. O dinheiro recebido ajudou a pagar estágio em país vizinho. E sem esse estágio eu hoje não teria filha, voilà. No Hotel da Lapa não se comem caracóis mas sim "escargots". E, discutindo com o saudoso prof. Coimbra as pinturas do tecto - Columbano Bordalo Pinheiro, consegui engolir, para nunca mais. Pois a minha filha despachou na baixa de Setúbal mais de meio pires de caracóis sem dizer um ai. Extraía-os e mostrava-mos, a mula, antes de os engolir inteiros. Parece-se comigo.
O dia tinha nascido radioso. Estando no sopé da Arrábida, vai de a visitar. De carro, claro. As pequenas praias estavam preenchidas, o estacionamento na berma complicado, o Portinho da Arrábida foi a aventura automobilística do costume - sabes que desces, que não estacionas, que talvez consigas voltar a subir. Deu porém para reparar na limpidez das águas, na rocha, no manto verde. Sim, a Arrábida tem magia. Que ficará para melhor descoberta noutra visita. Subimos, descemos, fomos ter a Azeitão, Vila Nogueira de. Antes de "cheirar" a Bacalhôa fomos agradavelmente surpreendidos por um restaurante tailandês, de nome "Éden". Comemos muito bem. Da Bacalhôa já vou contar.