sábado, fevereiro 26, 2011

Great Song... and a Great Singer.

Coisas da Vida...

E, pelos vistos, o pequenino João Tordo é filho do Fernando, esse cirrótico que eu tanto admiro...

Bom ,não desanimemos, também o Raul Solnado teve uma filha chamada Alexandra...

O Reininho.

Um amigo meu contou-me que se cruzou com o Rui Reininho na quinta-feira à noite. Este cravou-lhe dez euros, ao que o meu amigo, sentindo-se honrado, prontamente acedeu. Como paga o Rui declamou-lhe a "Desfolhada" do Ary dos Santos.
Boa!...

ndb

SPM = Sociedade Portuguesa de Matemáticas.

Romance de FC = Romance de Fazer Contas.

Romance de Terror = toda uma questão de misscasting... não é verdade, rapaz?

O aquecer de uma casa.

Há muitas formas de aquecer uma casa. Querosene, Riopele, Terylene acolchoado...
Só uma pratico e quero.

NDB.

Fui a Serralves tentar reaver o dinheiro de duas entradas para um evento que, porque choveu, foi cancelado. Eram 18h50m. A rapariga da recepção interpelou-me abanando negativamente a cabeça. Uma curiosa expressão e uma elegância dura levaram-me a alguma simpatia, e  contestei-me abanando um pouco afirmativamente a cabeça e sorrindo: "Eu queria a devolução do dinheiro correspondente..." "A bilheteira fechou! Às 18h45m fechou! Aliás como está bem visível..." e a cabeça dela girava à procura de um placard informativo inexistente. "Eu não quero nenhum bilhete..." "Já estamos a fazer as contas, a caixa já fechou!" Sim, a dureza mantinha-se, ida a elegância dos traços de quem estava mesmo farta de ali estar, e eu com isso, mesmo nada, arregalei-lhe muito os olhos, despedindo miradas de "calma, minha, afinal és tu, o teu patrão, quem me deve dinheiro... calma...". Dei dois passos atrás, ela fazia obviamente body combat nas horas vagas, as palmas erguidas em sinal de paz e submissão, e bati em retirada. Amanhã este dinheiro será meu!
Gajas!

Clarice Lispector e Murilo de Carvalho

No Leituras...

Fumador passivo.

Devo ser um bom fumador passivo.


Aproveito desde já para esclarecer que na realidade não fumo. Ocasional usuário dos prazeres do tabaco, ocasional e amador, incapaz de uma travadela capaz ou de habilidades circenses com o exalado, após uma pequena intercorrência enfermiça em 2004 deixei-me destas coisas, até há aproximadamente um ano. De então para cá vou no terceiro maço, estão a ver o ritmo.

Dizia eu que devo ser um bom fumador passivo. A frase favorita que levo quando me vêem é: ”Anda ali fumar um cigarro comigo!” E eu vou! Falamos da profissão que temos e das merdas que nos vendem para melhorar a mesma. De carros, de pais doentes, de filhos, do tempo que vai fazer e do tempo que nos falta. De “tu como estás” e que “eu também acho”. Sai sempre uma anedota e depois dois dedos da vida puta. Sou um bom fumador passivo.

E também há quem goste de tomar um café comigo. Aqui partilho o prazer, o pequeno shot de energia, puro placebo, magia negra. Um café serve para interromper, criar uma suspensão num tempo habitualmente, hoje, escravo. Ali, em pause/stop, aparelhagem a piscar, eu e o meu amigo/a, cumprimos o amável ritual de fornecer lenha aos velhos fornos crematórios onde nos queimam ao fazer-nos viver como vivemos, escravos. Mas, sempre há um rir, sempre há uma cumplicidade que reacende o segredo que só naquele momento sabemos os dois, que o queimar é lento e, nós, grande gente, ainda temos muito para queimar, mal sabem eles... E quem diz um café diz um copo, um jantar, evento que tem sido menos do que ocasional et pour cause, mas não importa.

E tudo isto nos traz embrulhadinhos à palavra de que se fala: “Projecto, de como tê-lo dois ou três aspectos a ter em conta”. Eu tenho um, e a ele vou continuar a dedicar os meus dias: ser um bom fumador passivo. E boa companhia de café, de um bom copo, de um bom jantar. Que bom projecto, este…

sexta-feira, fevereiro 25, 2011

Nem Lhe Tocava 2009

Samuel Úria pertence à curiosa nova vaga country-punk-baptista portuguesa. Lançou um disco em 2009, "Nem Lhe Tocava", bastante interessante, com meia dúzia de canções muito mas muito giras. Anexamos um vid de uma delas, um verdadeiro hino.

Último toque na bola do MNAA.

Só para terminar as minhas reflexões sobre a minha visita recente ao Museu Nacional de Arte Antiga, se bem se lembram referi ter coexistido a minha presença por aquelas salas com três, repito, três visitas guiadas. Duas guiadas por homem, uma guiada por mulher.
Adivinhem destes três guias qual vi eu, para meu espanto, com estes dois dianteiros olhos que a terra não tocará porque em fumo se irão desfazer, qual, repito, vi eu hora e meia depois, de balde e esfregona, a dirigir-se para algures em missão de limpeza?
Uma pista, era a mais alta dos três...

P.S.: com sinceridade acreditemos que existe uma escala e naquela manhã calhou-lhe... a ela!

terça-feira, fevereiro 22, 2011

O Sporting e a Naval 1º de Maio.

Não sei bem, caros amigos, caros amigos sportinguistas, que sei também os ter, por que ilusões éreis possuídos, ausentes do derby Vukcevic, Izmailov, Daniel Carriço, Evaldo, Liedson, Valdés... enfim, meia equipa.
A equipa ontem, desconto devido a ter ouvido e não visto o jogo, o que acresce sempre alguma emoção à real falta de qualquer plano de jogo convincente, foi como que a Naval 1º de Maio a receber uma equipa manifestamente superior e com outros argumentos e com outras ambições: muito esforço, muita abnegação - oh, a palavra abnegação - e no fim 0-2, como podia ter sido 1-3, 0-3, 2-4, etc. À quarta vez que ouvi gritar "Gaitán, Gaitán, Gaitán!" percebi ao Rx como ia ser a coisa. Uma equipa onde o "médio" médio Matias Fernandez é o melhor em campo e acaba a jogar a ponta-de-lança, e que a perder por dois lança o Saleiro só aos 70', estamos conversados. O Benfica jogou com 10? Sim, mas o Sporting jogou com 8, 9 em campo no máximo dos máximos, pois Grimi não contava, Cristiano também não...
Hoje por hoje um jogador como Cardozo, Aimar ou Gaitán vale mais do que a equipa do Sporting toda junta. O quê? O Aimar não jogou? Podiam tê-lo emprestado para equilibrar um pouco as coisas, como se faz nas equipas de rua, entre amigos...
Não é o fim porque isto nunca acaba. É portanto pior ainda...

domingo, fevereiro 20, 2011

Carnaval de Ovar 2011 - já começou!

Olha o meu primo Bruno, carago!

Comparando quadros - uma reflexão nascida em Lisboa visitando o MNAA.

Portugal vive de mitos fundadores. Os Painéis de São Vicente, pintados por Nuno Gonçalves na 2ª metade do séc. XV, é um deles. Retirando esta ganga mitológica, que é só nossa, não deixa este conjunto de painéis de ser a galeria de retratos mais impressionante da pintura europeia do século XV.
No quadro “A Descida do Túmulo” de Cristóvão Figueiredo, pintado uns quarenta anos depois, o duplo retrato das duas figuras masculinas à direita, os possíveis doadores, foi considerado herdeiro directo de Nuno Gonçalves. Na qualidade sim, aceito. Não no estilo, desenho, objectivos. Um quadro é um todo completo e único, as suas partes dialogando entre si e com o espectador. Nos Painéis de Nuno Gonçalves 58 figuras concordam entre si na imagem que querem deixar para a posteridade: uma imagem de solenidade e sério querer, de uma nação nova e que se afirma, aquém e além mar. Lembremos terem sido estas tábuas possível encomenda de D.Afonso V, o Africano, guerreiro na Península e no Magrebe, príncipe do seu tempo, antecessor directo de D.João II, aquele que viria a ser o “Príncipe Perfeito”. O quadro de Cristóvão Figueiredo acontece no auge do reinado de D.Manuel I. Portugal não está a crescer, já chegou ao topo de um mundo que se alarga ano a ano. Novas ideias, novas sensações, novos extremos. Portugal é como uma nova Itália, explode em todos os sentidos. Este quadro apresenta um triângulo de sensações, a morte do Cristo, o choro desesperado e convulsivo das mulheres e do discípulo, a serenidade atenta e preocupada dos dois observadores. Aqui, quarenta anos depois de Nuno Gonçalves, toda uma paleta de emoções nos é oferecida numa só pintura, numa só vinheta. Portanto, pode-se dizer que o quadro de Cristóvão Figueiredo, sendo tecnicamente também de grande qualidade, é emocionalmente muito mais rico do que os Painéis de Nuno Gonçalves. Como viajava depressa Portugal naqueles tempos!



Para além dos Painéis pouca mais obra se atribui a Nuno Gonçalves. Desta, o quadro mais interessante talvez seja o “S.Vicente atado à coluna”, também apresentado na exposição dos “Primitivos Portugueses”. Este quadro é o primeiro nu – e masculino – da pintura portuguesa. Técnicamente é supino, é perfeito. O mártir espera serenamente a sua hora, apenas denotando uma pequena súplica, uma réstea de sofrimento, porque nos olha.



O “Martírio de S.Sebastião”, de Gregório Lopes, é outro mundo, com sessenta anos de distância. Trata-se de um quadro pintado para a charola de Tomar, com uma inusitada forma horizontal e onde algumas soluções que forçam a perspectiva respondem à localização original do quadro. Técnicamente também Gregório Lopes não fez melhor. Agora reparem: S. Sebastião procura o martírio, vive dele, levanta o braço direito para que o ferimento seja mais eficaz. O seu olhar descido desce sobre si próprio. E o joelho direito avança como se num passo de dança cortesã, em pose. S. Sebastião não olha para nós nem para os agressores, actores quase neutros, quase contratados. S. Sebastião existe em si e para si. E o seu corpo existe para ser ferido, sendo nós apenas interessadas testemunhas. Eu sei que S.Sebastião não é S.Vicente mas... curiosa pintura…


Fevereiro 1-14

A luz possível numa praia de Inverno.

Big eyes...

Batatas fritas na sopa...

O fornico.

Sou tua.

Transporte.

O outro lado do espelho.

Shadows and fog.

Porquê? Porquê?

Manga Ponyo: it ends with a kiss.



Não se preocupem, não cai.

Uma árvore discretamente exuberante.

Caught.

Jogo de luzes e espelhos, esta minha casa!

A colecção de Pintura Europeia do MNAA

Esta colecção é escassa, estreita, pontilhista quase no acaso de representar ou não fases, momentos, movimentos da história da pintura europeia. Mas um quadro só chegaria e chega para justificar a viagem, e esse quadro chama-se "As Tentações de Santo Antão", de Bosch. Não se sabe como chegou a Portugal, e é contemporâneo da pintura luso-flamenga de Frei Carlos e do Mestre da Lourinhã, por ex. Reproduz-se aqui uma das três tábuas, para melhor atenção ao detalhe.

Anterior a este monumento é um Piero Della Francesca que eu não vi em exposição e muito chorei por isso, e um Hans Memling, contemporâneo de Gonçalves.
Impressionou-me mais a "Salomé" de Cranach, o Velho, c.1510. A cara da mulher que duvida e medita, achada e perdida sobre o que acabou de fazer/acontecer, é um sopro de modernidade com 500 anos de idade.
O "S.Jerónimo", de Dürer, é considerada uma obra-prima mas, de tão visto, não cativou.

E pronto, só com estes quatro quadros foi adequadamente "perspectivada" a posição dos "nossos primitivos" na pintura ocidental contemporânea, com as excepções assinaladas.



Vale ainda a visita a esta colecção para ver alguns quadros dos séculos posteriores: uma série de tábuas sobre os apóstolos de Zurbarán, os três Tiepolos, um retrato por Van Dick e um pequeno Fragonard. Eu sei, só vou pelos grandes nomes mas, que querem, por alguma coisa serão - consensualmente - grandes...

Primitivos Portugueses - terceira tranche.

Esta exposição não é uma exposição exaustiva destes anos e, porém, não consigo na net retirar imagens de algum que outro quadro que também me impressionou.
Houive uma intenção bastante interessante, o de reconstruir alguns retábulos com uma disposição o mais próxima ao original possível. Conseguiu-se a monumentalidade, embora as tábuas superiores às vezes pedissem binóculos e uma iluminação diferente.

A última sala do percurso apresenta-nos obras de três autores que fizeram a transição para o Maneirismo nos meados do séc. XVI. Trata-se de Diogo de Contreiras e dos Mestres de Abrantes e de Arruda dos Vinhos. Do que vi e mais gostei não consegui iconografia para partilhar. A maior expressividade é notória. Já não me lembro de qual destes autores era um quadro intitulado "O Mistério Eucarístico de Santo António" (ou seria anónimo?), com um valor comunicativo quase de cartoon.
A terminar a exposição o conhecidíssimo - e também anónimo - "Ecce Homo". Mistério da pintura portuguesa destes tempos, atribuido antes ao séc. XV, por datação da madeira de carvalho sobre o qual está pintado parece ser de c. 1570 - cópia de quadro anterior, a ajuizar pela iconografia, "arcaica"? Isto não lhe retira o valor, o ser a chave de ouro que fecha uma exposição desigual, mas interessante.

Antes de sair aparece uma sala com referências à história do descobrimento dos painéis e à 1ª exposição de "Primitivos Portugueses", sintomaticamente em 1940, com textos apropriados aqueles tempos, por ex., de Aarão de Lacerda, etc.

Agora, restava tempo para explorar o Museu. Assim se fez.

sábado, fevereiro 19, 2011

Primitivos Portugueses - fase dois.

Esta exposição começa mesmo quando saímos da sala dos painéis de São Vicente. E entramos numa longa sala dividida em três sectores, em que cada um destes residinodo um dos três pintores flamengos que se radicaram em Portugal e abriram o século XVI português à pintura. De seu nome Frei Carlos (ver imagem), Francisco Henriques e Mestre da Lourinhã - nome certo desconhecido - que estes nomes não enganem pois são aportuguesamentos.
Estes três pintores fornecem ao 1º quartel do século XVI uma qualidade de pintura interessante, dentro de uma 2ª linha flamenga, capaz de monumentalidade e harmonia, capaz de pormenores interessantes e de um estilo. Não estamos a falar de génios, de grandes pintores europeus, esclareça-se. Mas é pintura que merece a pena ser visitada e admirada.
Depois, o espaço seguinte faz referência às oficinas de Coimbra, Guimarães e Viseu. Em Viseu manda Vasco Fernandes e seu discípulo Garcia Vaz. O Grão Vasco é  o primeiro pintor acima da média português de nascimento, depois de Nuno Gonçalves. Por demasiado conhecida esta pintura não me surpreende. Sigamos.
A seguir temos Jorge Afonso, o homem que pintou as tábuas da charola de Tomar e que deu oficina a toda a geração seguinte de pintores. O meu conhecimento da pintura portuguesa deste tempo é todo bebido nos "Oito Sécuilos..." de Reynaldo dos Santos, médico e crítico de arte, obra comprada em fascículos pelo meu pai. Conheço portanto muita desta pintura a preto e branco, assim era há cinquenta anos, cara e rara a reprodução a cores. Muito evoluiu o conhecimento sobre este misterioso pintor. É-lhe atribuida a autoria do retábulo da Igreja de Jesus de Setúbal, por ex., obra também de valor bem acima da média.

Mas, e porque ainda mantenho a minha teoria dos "oito-miles", viramos à direita e finalmente estamos perante a "Deposição no Túmulo" de Cristóvão de Figueiredo. Esta pintura é um dos pontos altos da produção artística do século XVI português, na minha opinião. Os rostos dos possíveis doadores, que serviram e muito bem como cartaz da exposição, contrastam na sua severidade com o pathos das restantes figuras, quase todas femininas, e o rosto do Cristo morto, cinzento, desfeito. Um pathos dito "italiano" mas cujo diálogo com as duas caras da direita ganha um valor especial. Quadro a ser visto e revisto, uma obra-prima. Infelizmente muito castigado pelas visitas de estudo com as quais tive de conviver, não desfrutei dele como queria. Mas a deslocação a Lisboa estava ganha, e só aqui. Os dois retratos são referidos como herdeiros de Nuno Gonçalves. O resto do quadro desmente esta ideia. Cristóvão Figueiredo está bem para além do mestre, e adiante se escreverá sobre isto.

Os outros discípulos de Jorge Afonso foram Gregório Lopes e Garcia Fernandes. Pintores de grande qualidade mas onde não encontrei obra que se comparasse ao quadro de Cristóvão de Figueiredo. De Gregório Lopes destaco um "Martírio de S.Sebastião" cujo diálogo, não assumido nesta exposição, com o quadro já referido de Nuno Gonçalves se impõe, e será feito mais adiante.

Os Primitivos Portugueses - Museu Nacional de Arte Antiga - parte 1.

Há muito decidido este raid, aconteceu hoje - visitei a exposição sobre pintura portuguesa a acontecer no museu das Janelas Verdes - o nosso MNAA.
O MNAA é dos poucos museus portugueses que pode aspirar a ter - a nível internacional - alguma dimensão e expressão. É o nosso Prado, o nosso Louvre, passe o exagero Para alguém que faz do prazer de ver pintura um habitat ocasional mas muito aprazível, o MNAA é sempre um bom porto, embora não comparável em extensão e qualidade aos acima mencionados. O que não é obrigatoriamente um defeito. O Louvre é demasiado grande, mesmo. E o Prado é no geral inacessível, dadas as intermináveis filas que sempre o precedem. Pela qualidade intermitente da pintura apresentada, o MNAA não proporciona aquela sensação de banho, de submersão que as referências oferecem. Logo, o prazer será mais cirúrgico, o que não será assim tão mau.


Comecemos pela exposição "Os Primitivos Portugueses - 1450-1550", subtitulada "O  Século de Nuno Gonçalves". Este subtítulo não se entende. Tendo menos obra sua consensual do que Da Vinci, Nuno Gonçalves pouco tempo terá dominado um tempo que era ora mais lento ora mais rápido do que o actual. A sobrevida média das gentes e dos pintores rondaria os cinquenta anos, com as variações inerentes a que uma epidemia de peste te acerte ou não. Logo, o teu período artisticamente fértil podia consistir em duas, três, quatro décadas no máximo. Pode-se portanto falar do século que "começou" com Nuno Gonçalves. E aí a data 1450 é precoce.
A exposição começa com um quadro de Álvaro Pires de Évora. O 1º pintor português de renome, fez toda a sua actividade em Itália, pelo que quase se podia dizer que é tanto português como El Greco não é espanhol... de qualquer forma a sua referência à terra de origem é simpática. Pintura agarrada aos primitivos... mas italianos, foi um prazer uma 1ª visão ao vivo deste primitivo italiano... português! Claro que, esclareça-se, este pintar em nada influenciou NunoGonçalves e em nada serve como introdução ao famoso século de referência. É uma curiosidade cuja apresentação se agradece.
Passado este quadro chegamos à sala que é hoje e sempre uma das piéces de resistence do museu: a sala dos Painéis de São Vicente. Escuso de acrescentar mais discurso ao muito que já se disse e escreveu sobre. A cada exposição é alterado o entorno do políptico. Desta vez, à sua esquerda sucediam-se duas pinturas presumivelmente não portuguesas, o "Homem com o copo de vinho" e o "Retrato de Santa Joana", quadros contemporâneos dos painéis e que in illo tempore foram atribuidos a Nuno Gonçalves. Logo a seguir o "S.Vicente atado à coluna", atribuido sim ainda hoje a Nuno Gonçalves, e o 1º nu - masculino - da história da pintura portuguesa. Adiante falarei mais sobre este quadro, de valor superlativo.
À direita do políptico de S.Vicente estão várias obras dele contemporâneas e de qualidade bem inferior mas onde o interessante é notar a influência do mestre no modelar das faces, no desenho da figura humana. Interessante curiosidade, não mais: Nuno Gonçalves não só existiu como influenciou...

Visitar o MNAA ao sábado de manhã revelou-se uma aposta não tão segura quanto isso: coincidi com três repito três visitas guiadas à exposição. Um dos velhotes dum dos grupos interpelou um dos vigilantes: "Então, isto é que é um frete, hã?"

ARCO - Madrid 2011

Esta obra é constituida por um conjunto de cachecóis de futebol. Curiosa a posição do cachecol português, penúltimo a contar de cima, só tendo por baixo o "Ratinho" brasileiro...

quinta-feira, fevereiro 17, 2011

18.2



"Looking Out

Across The Night-Time
The City Winks A Sleepless Eye
Hear His Voice
Shake My Window
Sweet Seducing Sighs
Get Me Out
Into The Night-Time
Four Walls Won’t Hold Me Tonight
If This Town
Is Just An Apple
Then Let Me Take A Bite"

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

14.2



Ontem 13, amanhã 15.

sexta-feira, fevereiro 11, 2011

It's time...

It's time...

terça-feira, fevereiro 08, 2011

NDB.

Não espero.

Desespero?

sábado, fevereiro 05, 2011

ndb

Como passa o tempo... e neste apartamento como se conta o tempo! Neste preciso e vário momento ouço não um mas dois relógios, a enunciar: o do mini-forno que me devolverá cozinhados com meças em delta tê um panado de pescada e três douradinhos vegetais; o relógio comprado no DeBorla e que, ocasionalmente, desde há seis meses funciona.
Eu sei, enveredemos pela piada fácil: é o relógio e eu, claro! Vou jantar...

E agora enquanto ponho o jantar a fazer... 7'21''



1998

More Waterboys



Do 1º e iniciático disco. ".. to change or to be changed..."



Idem do 1º, "December is the cruellest month..." "



O 2º disco continha outras gemas como...

"The stars are alive and nights like these / Were born to be sanctified by you and me / Lovers, thieves, fools and pretenders / And all we gotta do, all we gotta do, all we gotta do / All we gotta do is surrender, surrender, surrender...





Mas esta canção... mas esta canção... "something so pure..."

And yet...



"I saw the whole of the moon!"

O gajo está à espera de ir para o Sporting...

Demitiu-se o treinador do Chile!

Rugby...

Isto sim, é uma grande notícia...

Scott e o Polo... Sul.

Não vou recorrer à Wikipedia nem a nenhum qualquer outro manjar dos deuses da internet para lembrar-me agora adequadamente da história de Scott - qual era o primeiro nome? - e da sua fatídica expedição ao Polo... Sul. Perdeu contra um valente e simpático rapaz Norueguês, Amundsen - em que ano? - que apenas se dedicou ao Polo... Sul porque o Polo... Norte já tinha sido conquistado, e que entrou nesta corrida dos pólos pelo desporto. Scott não, era um cientista, um tipo sério, a sua equipa era maior, com propósitos mais elevados e por aí adiante, e Amundsen ganhou, a sorte a ajudar a maior experiência, espetando a bandeira norueguesa qual bandarilha primeiro no nunca antes encontrado Polo... Sul. Scott chegou depois, encontrando a bandeira do seu rival já ali - this seat is taken, old chap, sorry... - e ao voltar para trás o frio da Antártida matou-o.
Scott é hoje bem mais lembrado do que Amundsen, lembro-me de ainda criança ter lido uma sua biografia romanceada pelo incontornável Adolfo Simões Muller... No fim a minha cabeça infantil perguntou-se: "e o outro, o que ganhou? Ninguém fala dele...". Amundsen, I hated you then and I hate you now! Amundsen morreu - afinal fui à net - ao tentar salvar um explorador perdido no Ártico... afinal, um gajo porreiro! Não somos todos? Aliás, sempre que vejo a final dos cem metros masculinos nos Jogos Olímpicos ganho imediata simpatia pelo gajo porreiro que vai ficar em segundo...

Yes, I'm Scott. Sitting near the Norwegian flag.  But I'm not going back... I read the story. The problem with the South Pole is that.. all ways are... going back! Fucking cold here...

"O levezinho" - a propósito da sua ida.

Há algumas chatices com isto de ser gajo. Uma delas é não poder mudar de clube. Não é uma hipótese que venha contemplada no kit de manufactura de gajo! Mas quase apetecia...

ndb

Os pórticos das novas portagens continuam a ignorar-me. 24-IN-28! 24-IN-28, ok? Porra!

NDB.

Alguém percebe de "RESET"?

quarta-feira, fevereiro 02, 2011

Janeiro 16-31

If you look close enough...

Door closing.

Cat scheme.

Vá, salta!

Up yours!

The remains of the day.

Time for some ice cream...