segunda-feira, agosto 31, 2009

Das maravilhas (para uma Amiga)

Foi há dias, vi ao longe a tua irmã, parecia-me tu, foi uma surpresa. Mais alta, não encurvada, seca de feitio e formas, sempre a tua irmã foi por mim desenhada como os teus antípodas, residindo algures no Pacífico Sul das gentes. Um casamento, um filho e uma separação depois mantinha. Aliás construi toda uma interpretação sobre, este vazio pois de que não vou falar sobre estava cheio de considerandos em suave ascensão para um lado, em avalanche para o outro. Mas a tua irmã sorriu-me e abriu-se um pouco no branco do dela vossa face, de pequenas a confusão que consta. Afinal eras também ali tu a passar e sair da noite discreta, era um bocado de ti, e nela residirá portanto em quarto de trás toda a tua bondade e benfazer também talvez, não sei.
Saberei mais de ti hoje do que sabia antes.

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quinta-feira, agosto 27, 2009

20h03m

"Mas já é tarde."

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quarta-feira, agosto 26, 2009

Leituras

No Leituras Millás, Vila-Matas, Schlink e Jan Morris.

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terça-feira, agosto 25, 2009

Un subnormal con bigote

"-Todavía juegas a hacerte el subnormal?
Me volví y vi a un tipo de mi edad que tenía una pelota de niebla donde otros llevan el rostro, quiero decir que no se distinguían las partes de su cara, aunque había momentos en los que le veías algo familiar; no era, pues, que llevara niebla, sino que aquel rostro maduro evocaba el de Luis, uno de mi calle, más que eso, el jefe de mi calle, que me miraba con desdén cada vez que yo me hacía el subnormal, y fue en ese desdén, creo, o en su risa, donde empecé a reconocerme como un tonto, y a partir de entonces se inició también el proyecto de hacer con ese tonto un listo. Era Luis, digo, y yo llevava el bigote puesto, de manera que se trataba del primer encuentro de El Hombre del Bigote con su propio pasado, y eso lo supe en seguida, como en una revelación. Reaccioné bien, Luis, dije, cuánto tiempo, y él repitió la frase, seguía con ese gesto de superioridad que encubre a los que padecen un grado de minusvalía mucho mayor que el mío, pero quizá por eso se había visto obligado a disimular mejor, y la verdad es que parecía no tener un pelo de tonto, en realidad estaba calvo y eso le había avejentado, aunque a la manera socialdemócrata, o sea, bien."

excerto de "Tonto, Muerto, Bastardo e Invisible", de JJ Millás, ed. Punto de Lectura 2007 (1995)

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segunda-feira, agosto 24, 2009

Em dia de não-Sanfermín.

Pamplona é a capital "perdida" do mundo euskera. "A Cidade", o mito da independência de Navarra, desde sempre encravada entre Castela e Aragão e posteriormente dominada por interesses franceses até Fernando, o Católico ir resolver uma luta entre bandos de nobres rivais e "de paso" tomar conta do reino para sempre. Ficaram "os fueros", por isso ainda hoje de seu nome completo "Comunidade Foral de Navarra". Onde menos de 50% dos habitantes se sentem bascos. Mas onde ouvimos falar quase mais euskera nas ruas que galego em Coruña... Terra conservadora de colégios, institutos e conventos, a Universidade de Navarra (Opus Dei) vs a Universidade Pública de Navarra... Que numa semana em Julho tem a 3ª festa mais concorrida do mundo, pelo que li, a seguir ao Carnaval do Rio e a festa da cerveja de Munique! Onde regularmente morre gente - não da terra que esta corre os touros mas sabe como se faz. Ali bem no centro o Hotel La Perla vive da instituição Hemingway. Pamplona está ancorada em Espanha por estes dois braços paradoxais, a loucura dos Sanfermínes, cartaz ibérico como não há outro, e a presença marcante da Opus Dei em todas as suas instituições comunitárias, não só sanitárias ou educativas... Como separar o que Deus uniu, Deus... e o Diabo dos cornos de touro?

Pamplona tem um centro histórico - confesso que a expressão "casco viejo" soa-me bem melhor - também muito interessante. Algo mais senhorial que o de Vitoria, algo menos popular. A vertebrar os percursos turísticos pedonais as ruas por onde os touros são largados até entrar na praça. A mais importante a Calle Estafeta, quase completamente "balconada" por razões que não se explicam. Comemos - 2ª feira - no outro restaurante que estaria aberto no Domingo à noite, ficara a referência, ao lado da Praça de Touros e em frente a um instituto de padres. Logo à esquerda terminava a Calle Estafeta. Reunam isto tudo num só, eis Pamplona.

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Booking.com

O site acima já foi por mim várias vezes utilizado para marcar estadias em hotéis e outros estabelecimentos turísticos, habitualmente com bom resultado.
Uma coisa que faço sempre é consultar os comentários dos utentes aos hotéis que estudo como possível destino.
Então aqui vai um apanhado de comentários (negativos, pois então), neste caso a hotéis do nosso querido Algarve...


"El segundo día debieron decidir que con una almohada nos debería de valer para dormir dos personas porque es lo que nos dejaron al limpiar la habitación."

"Todo el mobiliario es antiguo. La almohada baja para nuestro gusto. Oimos todo lo que hacian en la habitacion de arriba, juntar las camas y zas zas zas..."

"Si vous aimez faire votre ménage et votre lit vous même (pas de ménage pendant les cinq jours de notre séjour), si vous aimez les chaines de télévision anglaise (pas une seule en français), si vous aimez réclamer parce qu'il manque quelque chose et rappeler le lendemain 2 à 3 fois parce que ce n'est pas fait et recevoir de nombreuses "apologize", et enfin si vous aimez le vent fort incessant alors, cet endroit est pour vous ..."

"Grand chantier de construction à côté de l'hotel donc très bruyant et pas vraiment ideal si vous souhaitez vraiment profitez de vos vacances. Niveau de service inacceptable pour un établissement de luxe: par exemple le nettoyage du villa s'effectue que deux fois par semaine. Pas de parasol en bordure de piscine malgré une temperature de 30 degres. Mensonges systematiques de la part du personnel de l'hotel. On vous dit que le chantier s'arrete à 18 heures mais il s'arrete vers 20h vraiment, on vous dit que le chantier n'opere pas le weekend, pourtant, vous entendez la scie à bois toutes les machines du chantier jusqua samedi 16 H. Cet hotel est beaucoup trop cher pour tous ces inconvenients."

"As cadeiras da cozinha estavam todas a partir, a louça da cozinha era insuficiente, nao há facas que cortem bem os alimentos..."

"smell in room"

"the hotel did not have the as advertised tennis courts and golf academy"

"Stare nie do końca działające wyposażenie"

"Das Fitness-Studio ist nicht das gelbe vom Ei - uralte Geräte die nicht gewartet werden - im Schwimmbad braucht man "Badekappe" - ausserdem gab es u.a. Abends/Nachts sehr unangenehmen Geruch vom Meer her"

"Hotel is gehorig"

"Cada vez que te duchabas, se anegaba el cuarto de baño, y recogiendo con toallas. Avisamos a recepción y nos dijeron que todas las habitaciones tenían el mismo problema. Fue muy desagradable pues teniamos que recoger con toallas."

"Me cambiaron 3 veces de habitacion pues decian que se habian equivocado. No disponen de aire acond. o no funciona. Tª noche de 26 a 30º. Imposible dormir en verano y supongo que en invierno pues no hay calefaccion. En el desayuno pretendieron cobrarme el cafe descafeinado pues decian que no entraba."

"It's expensive, the hotel don't have enought resources to be a right choice. I will not return never if there's another solution."

"A exigência do pagamento antecipado não me parece a melhor forma de dar as boas vindas. Há, certamente, outras formas de atingir o mesmo objectivo."

"El olor de las sábanas no me gustaba."

"La puerta corredera de cristal que daba a la terraza/calle se estropeó nada más entrar en la habitación. Avisamos del desperfecto y nos dijeron que lo arreglarian al dia siguiente pero nadie reparó absolutamente nada. Mientras nos dieron una barra de hierro para sujetar la puerta."

"Nie wiedzialem, ze apartament bedzie polozony daleko od recepcji, w innym budynku, jak rowniez na stronir www jest mowa o basenie pod dachem, ktory funkcjonuje tylko w zimie."

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domingo, agosto 23, 2009

Pamplona/Iruña

O caminho entre Vitoria e Pamplona tinha sido muito agradável, com bonitas montanhas, vales verdes e amarelos, numa curta viagem de pouco mais de uma hora.
Afinal de contas, durante séculos Vitoria pertencera a Navarra. Tivémos alguma dificuldade em encontrar o hotel em Pamplona até descobrirmos pelo mapa que ele ficava perto dos "Hospitais". Hospitais em Pamplona há uns quantos e todos com excelente reputação. O "turismo sanitário" em Pamplona é uma realidade - e muitos portugueses sabem do que eu falo. Pois em Pamplona há muitas indicações para ir ter à zona dos "Hospitais". Imediatamente antes, o hotel! Sucede que era domingo. Sucede que segundo o guia só dois restaurantes em Pamplona não fechavam ao domingo. Fomos ao primeiro - de férias! O segundo ficava bem dentro do casco histórico, e já era muito tarde. Terminámos num "chiringuito" razoável logo ali.

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P.E.R.I. Stop!


Pela manhã do dia seguinte encetámos a exploração adequada do centro histórico de Vitoria-Gasteiz. Subimos Virgen La Blanca pela lateral direita, descobrimos uma interessante e porticada Plaza de España a preparar-se para as festas grandes da cidade, e depois lá entrámos nas oblíquas ruas da "amêndoa" medieval. Nota feia: umas escadas rolantes estilo-aeroporto para subir as íngremes ruas laterais da amêndoa, de forma a que o turista não se sinta desencorajado. Não notei grande uso das mesmas. Vários bares e tascas tinham um aspecto algo irredentista, e os letreiros em euskera obviamente pululavam. Sentia-me um pouco como que em território comanche. Ruas muito bonitas, ambiente de bairro muito vivo. Para variar chegámos ao outro extremo da amêndoa à hora de fecho da visita da catedral velha, em obras de restauração. Por ali almoçámos, circulámos em sentido contrário, descemos pela Plaza del Machete, onde com um machete o Alcalde fazia tradicionalmente o juramento dos forais, perdemos algum tempo numa feira de artesanato, e... destino Pamplona/Iruña (ou Iruñea... que em euskera quer dizer... "a cidade"!).

Nota: em muitos sítios vi cartazes com o dístico "PERI STOP!". Assumi imediatamente que esta era mais uma expressão em euskera de recusa dos estrangeiros, dos espanhóis, sei lá! Não entrei em nenhum dos sítios onde um cartazinho com a expressão "PERI STOP!" aparecesse. Descobri anteontem na internet que "P.E.R.I." é o plano de reabilitação do casco histórico de Vitoria que, entre outras coisas inventou aquelas passadeiras elevatórias horríveis de acesso. Ah! Comanches dum raio!

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quarta-feira, agosto 19, 2009

Vitoria-Gasteiz

E ao fim da tarde chegámos a Vitoria-Gasteiz, capital de Euskadi. Tinhamos acabado de atravessar a Peninsula Ibérica: almoçar em Chaves, Portugal, jantar por acontecer - Vitoria. No parque de Florida, em frente ao hotel, dezenas de idosos dançavam ao som de uma charanga. A temperatura era amena, no hotel (sábado) a confusão de não um mas dois casamentos - saímos. Após pergunta bem respondida fomos orientados para uma sidreria, a Sagartoki. Atravessámos o parque, a linha de um metro irmão-primo do portuense, chegámos à Plaza de la Virgen Blanca, a sala de visitas da cidade. Explêndida praça, irregular como se quer e em subida, e isto porque a parte velha da cidade, a aldeia de Gasteiz, foi edificada sobre um morro em forma de amêndoa, num extremo esta praça e no outro a catedral velha, em obras. A forma amendoada desta colina ressalta nas ruas, paralelas em "((" e "))", isto descobriríamos no dia seguinte. Á esquerda da Virgen Blanca ficava a sidreria, onde comemos muito bem. A Catarina escanciou toda a sidra que quis, e assim se fez um 1º dia de férias. Quando voltámos ao hotel felizmente já os casamentos tinham sido consumados e desaparecido.
Vitória: Gasteiz - tinha acabado de descobrir mais outra Espanha. Espanha?

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sábado, agosto 01, 2009

Férias

É.

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