sexta-feira, agosto 31, 2007

2006 Bees & Things & Flowers


Música do ano que passou para o Verão que nos resta deste ano: Incognito a remixar temas seus, de outros, e com 3 canções de bónus. O futuro da música não mora aqui, mas ouve-se sem espinhas.

Tem 26 anos de idade o 1º LP (alguém ainda sabe o que estas duas iniciais querem dizer?) do grupo, chefe-de-linha do Acid Jazz na Talkin Loud. Passado todo este tempo, para eles e para nós, resta o savoir faire...

Vejam o remake do "That's The Way of The World", dos E,W&F, ou as vocais de Carleen Anderson, uma verdadeira viagem no tempo.

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quinta-feira, agosto 30, 2007

Da sedução alguns exemplos - 4

Vou dar um exemplo que me contaram. Era ela magríssima e tinha aquela mania de andar para a frente, como debruçada sobre a sua própria magreza, incerta sobre que passos dar. Foi dos primeiros aparelhos dentários que ele conheceu de perto, e que faziam crescer alguma água na boca, a ela digo. Dizia ele. O que era uma vantagem, as poucas frases tinham um som líquido, facilmente reconhecível. Em cabelo excedia-se, em tiras sobrantes sobre os olhos finos de cachorro. De que só tinha a cabeça, o corpo como um bengaleiro. Parecia aliás uma figura de cartoon. E aquela dita incerteza dava-lhe uma certa elegância ao andar, um silêncio como se vindo de antes de todas as histórias. Ele estava a falar-me de uma criança. Que pintava as unhas.
Cruzavam-se com frequência no trabalho, onde ela era estagiária: “E então?” Ele não se lembra da resposta verbal porque não havia, ela fazia ao que parece a mais engraçada das caretas, uma espécie de hiper-náusea, e fazia menção de meter os dedos pelas goelas abaixo. Não teria portanto desses hábitos, que quem tem não brinca com o gesto. Ele convidou-a para jantar, ela aceitou, sim, mas ao entrar no restaurante logo ele reparou no terreno minado, no arsenal defensivo, numa blindagem que resultou tão discreta como eficaz. Falaram de nada. Vários nadas. Todo um jantar para deitar ao lixo e ser recolhido pelos Serviços Municipalizados para a reciclagem de orgânicos.
Despediram-se com correcção para nunca mais.

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Da sedução alguns exemplos - 3

Vou dar um exemplo: um amigo meu em reunião profissional reparou no dia da despedida em determinada jovem. O lábio pequeno, trigueira como diria Júlio Dinis, olhos castanhos a perderem-se em nada, estariam todos à espera do fim daquela mesma reunião, ela de uma boleia para a cidade Invicta, parece. Há várias formas de passear uma solidão e, ao meu amigo, pareceu-lhe que aquela estava muito bem.
Seguiu-se um convite para jantar e um jantar onde a defesa sorridente de um determinado nihilismo sentimental escondia já o que aconteceria pouco tempo depois: o meu amigo teve direito a um bolo de aniversário, com festa incluída! E mais coisas se seguiram.
Lembra-se de semanas depois lhe ter comentado: “Recordas-te? Conheci-te no fim daquela reunião sobre plásticos intransmissíveis, eras tu delegava da Pratoplast, e fumavas pensativamente um cigarrro…” “Mas, eu nunca fumei, eu detesto tabaco!” replicou ela: “Deves estar a confundir-me com qualquer outra…” “Não estavas à espera de boleia do…” “Sim, mas a fumar não…, não estarás mesmo a confundir-me com...”. E ela a dar-lhe com a confusão!

O meu amigo ficou incomodado. Pelo simples facto de em dois meses de convívio a sua amada nunca ter pegado num cigarro, isso não tinha retirado daquele primeiro encontro afinal quase onírico aquela imagem cativa onde, não sabia ele muito bem agora como nem porquê, um pensativo cigarro era fumado. Por!
Foi o princípio do fim.

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1994 Home



Spearhead é o alter ego de Michael Franti, o herói de um dos melhores grupos de hip-hop dos inícios dos 90 os "Disposable Heros of Hypophrisy". Este discutível nome trazia consigo as melhores letras entregues na melhor batida available. E Bush Sr. era a maior vítima. Michael Franti seguiu o seu caminho e "Home" é o 1º disco solo-like. E é fantástico. Cool, collected, full of soul breeze. Os textos são menos rápidos, a dança menos frenética, a pancada já não é pancada. Um ligeiro cheiro a Arrested Development não estraga o todo. Desconheço como a coisa seguiu, Michael Franti é um misto de jogador de basquete e monge budista que faz música hip-hop, ou perto. É aliás bem apessoado, acho. Portanto a música deve estar bastante pior. Fez recentemente um documentário sobre uma viagem ao Iraque, vejam só.


Não interessa, "Home" é um disco que não envelhece.

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Da sedução alguns exemplos - 2

Vou dar um exemplo: um amigo meu cometeu um erro, recentemente. Tem tudo a ver com determinada substância e o seu transporte. Visito-o raramente. Penso nele de 2ª a 6º feira, sempre que faço a A4, a qual, em relevé, me dá um boa visão de Custóias. Feitas as contas, visitei-o porém só três vezes.
A primeira visita tem sempre aquele lastro da pergunta-chave, sobretudo para alguém que só conhecia o homem em questão superficialmente: “então como foi isto?”
Até à segunda decorreu bastante tempo, e a mesma foi aliás um pouco dificultosa.
A terceira visita serviu para o meu amigo, agora mais à vontade e conformado, aproveitar para desfiar algum rosário de lembranças. E foi então que me falou de uma que acariciava particularmente. Avanço agora que ele era professor. Não interessa do quê, eu sabia, mas ele disse-me como se eu não soubesse. Mas não interessa. Dizia ele que das aulas já nem se lembrava. E tinham passado apenas meses. “Nunca mais darei uma aula” – disse, e com convicção. “Aborrece-me. Já não há alunos!”
Do que ele se lembrava era dos intervalos, sobretudo daquele maior a meio da manhã, ou tarde, em que se sentava com alguma troupe de alunos mais fiéis, e conversava. E parece que sobre tudo conversavam. E se a coisa progredia chegava a hora de voltar a entrar na sala mas aí ele dizia: “Mas não repararam? A aula já começou, e há um bom bocado!”
Muitos filmes foram feitos sobre estas coisas, pois parece que uma aluna houve que captou especialmente a atenção do professor. “E ela dizia: Professor, podia-se passar dias e dias assim na conversa! – ela dizia isso, e eu aí calava-me, vê lá tu, eu que então nunca me calava!” "Ela aliás utilizou esta expressão várias vezes, quase dias seguidos, vê lá tu! Tenho a certeza!" “ Depois, ela foi-se embora, todos os alunos acabam por ir embora, é uma espécie de verão ao contrário, e que demora mais, mas a sensação é a mesma, sabes?” Não, que nunca a coisa extravazou para gestos menos nobres, que nem a questão se punha, as idades e isso, mas decidira nunca esquecer aquela espécie de abandono naqueles intervalos ao doce prazer do ócio falado, à música das palavras ao desafio. Enfim!
O meu amigo ultimamente encontrara-se cada vez com menos uso da palavra, ou com menos vontade de falar com quem quer que fosse. Dois processos e uma denúncia depois, estava em Custóias a falar-me de uma jovem alta e elegante, sua aluna, que, durante umas temporadas, o teria ouvido com aparente e particular atenção.

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quarta-feira, agosto 29, 2007

Da sedução alguns exemplos

Vou dar um exemplo: estava um amigo meu na feira do Livro, ainda as galinhas tinham dentes de leite. Não que queimasse no bolso aquele número de telefone nascido de uma mentira aquela mesma manhã, sabiam que tinha havido uma discussão, porque não um telefonema para encerrar barrreiras, fechar espectáculo.
A esse meu amigo as feiras do Livro nunca convenceram muito, confusão, calor infindo, era talvez o 1º ou 2º ano no Rosa Mota. Sucede ter o Palácio de Cristal muitas cabines telefónicas. Não se lembra o meu amigo já se, ao convidar aquela estranha mulher para um café, já tinha como adquirido que o convite terminaria na casa dela. Ele sabia que ela morava perto, hoje diríamos que vendo no Google Earth eram cinquenta metros, havia ainda por ali filmes, e um indiano na cave, de módicos preços. Subiu. O meu amigo nunca tinha subido assim para nenhum lado.
O que logo depois aconteceu não interessa muito, na prática desce tudo àquela caixa de berlindes que é a vida de cada um, caixinha que guardada está dentro muito, as cores escurecidas sobretudo se poucas vezes se tiram as pedras à luz. Ter-se-á mostrado uma que outra peça de colecção, as melhores, as com menos defeito até que, quem mais sabe terá dito: “E não vieste aqui por um café?” E quem falou levantou-se, roupas domésticas, tranquilas, assunto perdido, e com gesto decidido e em silêncio encaixou o cachimbo na máquina, deu-lhe água, corrente, e um sorriso, escorreu pouco depois o café.
E tomou-se. Mas foi aquele gesto de punho e antebraço, o encaixe sem defeito, e a capacidade de decidir e de ao mesmo tempo ali fechar e abrir o dia que mais terá convencido este meu amigo, para quê, é outra história.

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segunda-feira, agosto 27, 2007

Na morte de Alberto Lacerda (1928-2007)

Homem da geração da Távola Redonda, Como Cinatti ou Mourão-Ferreira, nascido na Ilha de Moçambique e aí vivido até aos 18 anos de idade, em "exílio" inglês desde bem antes do 25 de Abril, foi este homem um poeta português? E que interesse tem esta absurda pergunta?





I


Tocava



Muito inclinado

Como quem ouve

Cada vez mais fundo


II


Não tocava


Abria um espaço

Que nos permitia

Ouvir

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quarta-feira, agosto 22, 2007

Os EUA no Iraque




Existirá algum dia uma queixa no Tribunal de Haia contra os EUA por "genocídio por descuido"?


A entrada dos EUA no Iraque foi uma estupidez grosseira que está a custar a vida a centenas de iraquianos diariamente. Este artigo no site da CNN revela a desorientação completa que vai nas hostes da águia americana. Gosto particularmente daquela parte onde se fala dos países com ou sem tradição democrática (... tipo Portugal anos 70) ou de que a democracia é uma coisa que os Iraquianos podem escolher rejeitar (e ninguém repara no paradoxo da afirmação...)! Ou ainda de quando altas patentes militares dizem preferir um outro governo iraquiano mais forte, se não democrático tanto pior...
Lembram-se dos governos fantoche do Vietname do Sul e do Cambodja?
Por outro lado os americanos queixam-se cada vez mais dos iraquianos "não tomarem conta das coisas", embora realmente ao mesmo tempo não os deixem tomar conta das coisas...
Realmente GW Bush não é propriamente um criminoso de guerra comum...
"Hey, hey, LBJ, how many men have you killed today?"


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segunda-feira, agosto 20, 2007

Em defesa de Fernando Santos


Camacho não é melhor treinador que Fernando Santos (FS). E a prova esteve na última passagem de Camacho pela Luz. FS é vítima de uma política de vendas que sacrificou a equipa ao fazer desaparecer o Abono de Família (vulgo Simão Sabrosa) e o Único Médio de Jeito da Casa (vulgo Manuel Fernandes) que Não Joga a Passo. FS viu-se com uma equipa nova (excepto o Rui Costa "que não é novo"), para reconstruir, e ainda por cima com o peso da exigência de ganhar um campeonato que se antevê difícil de conquistar. Os últimos meses benfiquistas têm sido um autêntico disparate de gestão, e FS é o menos culpado. É sim o primeiro a cair. Porque veio Camacho? Porque estava farto do desemprego. E porque assim pratica enquanto não vai para a selecção espanhola, logo que o Aragonés estourar, o que se anuncia para 2008.

Bah, eu até nem sou benfiquista, mas sei que no ano que passou a equipa da águia se não deu mais foi porque não tinha mais por onde dar... FS é melhor treinador por ex. que o Jesualdo, pelo menos mais ambicioso e mais atrevido, como se viu na Europa. E lembro que o Sporting de FS foi a equipa que melhor oposição fez ao Mourinho intramuros, com jogos muito interessantes e guerrilha muito acesa. Não é um génio, mas os génios não treinam em Portugal desde que... "o special one" foi embora!

Não sei como as coisas vão acabar. Não gosto do Camacho, nunca gostei. Veio uma vez mais "fazer-nos o favor" de treinar o Benfica.

Eu, por acaso, até agradeço...

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Rua Álvaro Castelões 609


Matosinhos.

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Matosinhos à escuta


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domingo, agosto 19, 2007

Lui, il profite...


Dis moi ou est-ce qu'il met la main...

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Nous, comme Sarkozy


C'est le pouvoir, l'argent...

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A infância musical de



Claro que não não se trata de uma criança aplicada diariamente ao estudo de tão difícil instrumento, é verão, irregularmente é verão. Mas dá-se o caso que um dia esta criança decidiu-se a reverter as férias em ensaio. Vejam como e em que cenário.

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sábado, agosto 18, 2007

Braga 1 Porto 2


Uma vez mais o Abono de Família...

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Sporting 4 Académica 1

A "Académica é muito pouco equipa para aferir da qualidade deste Sporting." in JN 18.08.07

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sexta-feira, agosto 17, 2007

Para Não Falar

Ler. Era eu bem pequeno e lia, lia. E uma história houve que ficou bem mais do que as outras. É um conto escrito por uma escritora catalã de lingua castelhana, Ana Maria Matute. Primeira mulher a entrar para a Real Academia, figura controversa não suficientemente antifranquista para ser consensual, e nada catalanista. Escritora de muita coisa, incluindo muitos contos infantis.
E um deles chamava-se o Gafanhoto de Ouro. Era uma vez uma criança, Yungo, que vivia meio abandonado de todos numa aldeia. Porquê? Yungo era mudo. Dizia a sua tia que lhe teriam roubado a voz ao nascer. Por isso não fora à escola, e ninguém lhe ligava. Yungo era órfão de pai e mãe. Um dia, ele salva um gafanhoto de ser torturado por uns rapazes cruéis e descobre que esse gafanhoto fala, e tanto fala que se oferece para ser "a sua voz". Yungo tinha como únicas posses umas botas para andar na lama dos caminhos, e uma guitarra que ele tocava como ninguém. É aqui que, com o seu gafanhoto decide correr mundo à procura de um “País Maravilhoso”, uma ilha que ele tinha desenhado com as mais lindas cores, e onde encontraria a sua voz, bem como os seus pais. A longa viagem de procura é cheia de peripécias, e Yungo aprende a contragosto que os homens utilizam as palavras bem mais para o mal do que para o bem, e que elas as mais das vezes são ora como pedras atiradas à cara do outro, ora bolas de sabão que nada interessam. Como era de esperar, no fim de vários episódios o gafanhoto confessa ser ele a voz roubada a Yungo era ele um bebé acabado de nascer e diz que, se Yungo o matar, recuperará a sua voz. É nesse momento que o delicado mapa do “País Maravilhoso” como que ganha vida e se solta das mãos do rapaz e voa, voa, voa. Yungo, mudo ainda ao não conseguir matar o amigo, corre que nem um louco e ao apanhar o mapa desenhado com tanta devoção levanta os pés do chão para nunca mais. E voa em direcção a esse país fantástico, “onde falar não é preciso porque todas as palavras já foram ditas”.
De tudo o que já foi lido é ainda esta a minha frase preferida, como que um lema, algo ainda e sempre por atingir...

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domingo, agosto 12, 2007

O nó górdio


"On the issue of nuclear weapons control, the U.S. assessment is that currently, the United States has full knowledge of where Pakistan's nuclear weapons are located.
But the key questions, officials say, are what would happen and who would control the weapons in the hours after any change in government in case Musharraf were killed or overthrown.
Musharraf controls the loyalty of the commanders and senior officials in charge of the nuclear program, but those loyalties could shift at any point, officials say.
The United States is not certain who might start controlling nuclear launch codes and weapons if that shift in power were to happen.
According to the U.S. analysis, there is also a growing understanding that Musharraf's control over the military remains limited to certain top commanders and units, raising worries about whether he can maintain control over the long term." in CNN

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O famoso homem do cabelinho...


Demora a ganhar uma opinião definitiva sobre Paulo Bento enquanto treinador. Fui dos últimos a abandonar o José Peseiro. Aliás julgo que o treinador ideal seria talvez um misto de José Peseiro e Paulo Bento. Às vezes, só às vezes, o Sporting de Peseiro produziu jogos fantásticos, jogos como o Sporting de Paulo Bento nunca produziu. Os jogadores eram outros? Rochemback-Veloso; Barbosa-Romagnoli; Viana-Moutinho…
O ano passado houve um Porto-Sporting fundamental para o título, onde Paulo Bento não teve a ambição para ganhar. E uma equipa não consegue ter mais ambição do que aquela que o seu treinador lhe pede, ou lhe transmite como sua. Talvez Paulo Bento intimamente soubesse não ter realmente equipa para um título, assim pensasse em conversa com o seu penteado, absorto na sua midríase. Um treinador tem que saber mentir. E um treinador tem que saber sonhar. Peseiro era – bastava olhar para ele – um sonhador nato. Infelizmente completamente incapaz de a partir de determinado momento fazer a equipa partilhar os seus sonhos.
Paulo Bento sabe onde está o Sporting neste momento. Esteve todo o torneio do Guadiana "à espera do Ismailov". Agora, amigo Paulo, já que me telefonaste um destes dias, aproveito para te perguntar, pois cortaste logo a chamada: o meu sonho de sportinguista, onde está?

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Porto 0 Sporting 1


Já o ano passado foi assim, tem-se sempre dúvidas sobre se Jesualdo Ferreira sabe o que fazer com o plantel que lhe é oferecido E a piada do “lavar os dentes” não correu desta vez bem ao homem que ontem jogou com a equipa do ano passado estilo “Pepe, Lucho e Anderson” lesionados…. Como no ano passado, quando o Harry Potter/Quaresma não resolvia a coisa, a coisa não saia. Não saiu. Três bolas ao ferro são… três bolas ao ferro.E isto perante um Sporting muito mais fraco do que no ano passado.


E agora vamos ao Sporting – que é quem nos interessa mais. Falta o Nani? Falta, mais os seus piques e o respeito que impunha ao adversário. Falta o Tello? O do ano passado sim. É todo um lado de ataque que desapareceu. Um mar de assistências numa equipa que marca pouco e com dificuldade. Viu-se. Liedson não teve uma bola de jeito. Derlei aliás, sempre mais directamente lutador, ainda mostrou algum serviço. João Moutinho pareceu sempre algo perdido, ele que não é extremo e vê-se que nota a distância de Miguel Veloso em relação ao ano passado, e a distância de pensamento que existe ainda com Ismailov. Romagnoli sim existiu, mas desapoiado. É bom, não é um génio. A lógica de carrossel, que vem dos tempos de Peseiro e que Paulo Bento às vezes usa, obriga a que os jogadores se conheçam muito bem, sejam muito móveis, e que tenham uma boa base de apoio, pois o risco ao perder a bola é grande. Ismailov virá de uma escola de jogo posicional, mais estática. E Veloso está lento. Outra coisa: estamos sem laterais, não é? Abel é o que é, e Ronny também. Gladstone provavelmente acabará por tirar o lugar ao Tonel.
Este Sporting só tem portanto uma forma de jogar bem, que é a do carrosel e tabela ou falta para golo de Liedson ou – deus queira – Derlei. A alternativa é a das bolas compridas e nim ressalto nunca se sabe... brilhante para um pretendente a campeão. O Sporting não tem alas. Por isso, suponho, P Bento tem insistido tanto em Abel e Ronny. Um ano desses hão de aprender a centrar…
E o banco? Vukcevic ainda não vi, é importante perceber se é alternativa credível a alguém do carrossel… Purovic e Djaló, do 1º nada conheço. Do 2º, mais um caso de difícil gestão de uma maturidade ainda por vir, por agora, suplente natural ora de Derlei ora de Romagnoli, consoante o vento da jornada. Equipa curta esta, meus senhores, que com duas ou três lesões ficará um destroço. Farnerud e Paredes servindo… para estar no banco. E agora foi o André Marques lesionar-se em Leiria…
A ver vamos, obrigadinho Ismailov já agora. Mas este Sporting vai ter dificuldades ahem, com equipas com alguma imaginação como… o Beleneneses, o Braga… e obviamente terá dificuldades em pontuar – já não digo passar à fase seguinte – na Liga dos Campeões.


O Porto precisa claramente de outro treinador. O Sporting de reforços.

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sábado, agosto 11, 2007

Pois...


"Ronny foi o escolhido de Paulo Bento para actuar do lado esquerdo da defesa e, por consequência, para marcar o mágico Ricardo Quaresma, a maior ameaça individual do FC Porto de Jesualdo Ferreira. O treinador, ao prescindir do recém-chegado Marian Had, opta, agora sem dúvidas, pelo ex-Corinthians, um atleta rápido e tecnicamente evoluído, duas características que encaixam no futebol do Mustang portista. Mas o lado lunar de Ronny aponta em sentido contrário: considerado um jogador desconcentrado e excessivamente ousado no ataque, o brasileiro constitui um risco defensivo. A chave do jogo de hoje pode, portanto, residir no desempenho de Ronny perante Quaresma. O jovem lateral sportinguista nunca defrontou o Harry Potter. O seu rendimento será, por isso, uma incógnita cuja solução se saberá apenas hoje à noite. Na época passada, os leões só sofreram um golo dos azuis e brancos – marcou-o Quaresma." in site do Record.

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E são duas


Duas estrelas e onde servidas.
Pelas suaves cores adoradas seguras temidas
Não sei se cedê-las para a próxima época ou
Premiar o contrato que tenho com elas


Não sei

Aqui no mais fresco da casa as tenho
Por agora
E são duas estrelas.

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sexta-feira, agosto 10, 2007

A desigualdade das cadeiras


Esperávamos o dia do espectáculo
Com alguma ansiedade sabíamos do
Palco a exigência a vasta solidão o
Silêncio abrasador confesso porém a
Surpresa que foi para mim
Encontrar-me perante a
Desigualdade das cadeiras,
Fiquei porém contente o sentares-te
Na mais elegante aquela
A da direita
Foi para mim um sinal
Ou pelo menos
Eu acho.

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Espera


Este tipo de vidro serve particularmente


Para as salas de espera de psiquiatria


Primeiro ao ser resistente à agressão


Banal e segundo ao difuminar disse bem


A luz exterior criando um branco fodido que


Pode provocar crises do mais variado tipo


Nos doentes em espera de consulta,


Facilitando assim diagnósticos e


Optimizando os tempos e a produção


No geral.




Estima-se o risco de ferimento em dois por mil.

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E agora (para onde vamos)?



Os mercados mundiais entraram em pânico, pois aparentemente a "bolha imobiliária" americana está em vias de rebentar.

Eis mais uma amostra de como as coisas estão diferentes these days. A imagem ao lado é da bolsa de valores de S.Paulo, mas estava na edição on-line do Guardian.

Unidos pelo dinheiro estamos. Só não sabemos bem para onde vamos.

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quarta-feira, agosto 08, 2007

Que seria de nós sem a internet

"son increibles estos alemanes,pues aún teniendo delante suya al ganadordel tour de francia mas limpio del se empeñan en ,ensuciar su nombre. POR CIERTO CELIA TE QUIERO MUCHO ,DE MANOLO"


típico comentário num jornal desportivo on-line...

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Back to Black 2006






"Tomate!" Assim dirão nuestros hermanos de todas as confusões pessoais, e esparrelas em que Amy Winehouse tem estado metida desde que se tornou estrela no New Soul inglês nos últimos 3 anos. Após um disco jazzy de nome "Frank", saído acho que em 2004, no fim de 2006 a menina, possuidora de uma das melhores vozes do circuito, rebentou as boxes com "Back To Black", disco saído directamente das produções negras dos anos 60, com uma produção rugosa, despojada, trendy. O 1º single, "Rehab", falava da sua recusa em entrar numa dita cuja. Pois: álcool, drogas, piercings, tatuagens foleiras, disturbios alimentares, you name it. Agora o que me interessa, o disquito, está prenhe de futuros clássicos, ou neo-clássicos digamos, ao cheirarem como que a "velho"... o que realmente não me importa. Ray Charles, you're still the man...






Love Is A Losing Game lyrics by Amy Winehouse.




For you I was a flame,
Love is a losing game,
Five story fire as you came,
Love is losing game.

One I wish I never played,
Oh, what a mess we made,
And now the final frame,
Love is a losing game.


Played out by the band,
Love is a losing hand,
More than I could stand,
Love is a losing hand.

Self professed, profound,
’till the tips were down,
Though you’re a gambling man,
Love is a loosing hand.

Tho' I battle blind,
Love is a fate resigned
Memories mar my mind,
Love is a fate resigned

Over futile odds,
And laughed at by the gods,
And now the final frame,
Love is a losing game.



(brilhante)

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Supermodified 2000


Amon Tobin nasceu brasileiro, mas a sua base de trabalho é, julgo, NYC. O drum&bass foi criando ao longo dos anos "génios" e "génios", mais pela aura de "dificuldade" que a criação da música em si suportava do que pela realidade do patamatar em que esses músicos estavam. Não é o caso deste senhor. Basta ouvir Supermodified, drum&bass até à medula, música muito boa e pronto, rugosa, lenta, oblíqua, incerta. Neste ano e com este disco até parecia que o drum&bass ia ter futuro.

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sexta-feira, agosto 03, 2007

Praia de Matosinhos - fim da tarde de ontem


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Russia Today


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quinta-feira, agosto 02, 2007

mmmm... bytes


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In A Silent Way 1969


Miles Davis já foi chamado o Picasso do Jazz, e o cognome serve, pois mais do que ninguém a sua inquietação inventou novos sons, novos desenhos sonoros.

"In A Silent Way", disco de transição para "Bitches Brew", sombrio e algo negligenciado, ensaia já o que depois seria o cúmulo da fusão. Os nomes já cá estão: Zaniwul, Corea, Shorter. Mistura de cool e electricidade, é música que poderia ter sido feita anteontem, ou mais tarde até. Lembra-me por ex. algum pos-drum&bass, lembra-me muitas coisas que ouvi nos últimos 15 anos.

Ou - melhor - vice-versa, claro.

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