quinta-feira, outubro 26, 2006

Primeira Carta

Meu caro amigo:

Tropecei em ti um destes dias e disse-te nada.
Porque nada há para dizer quando um amigo está gravemente doente e porém nos puxa pelo braço e nos saúda daquela maneira antiga cuja forma já se perdeu. E estavas com bom aspecto, aprecio-te com se faz com um móvel que se vai comprar, apenas mais velho notava-se mas isso, nos móveis, nem é defeito. Estavas com bom aspecto.
Talvez não saibas mas sei praticamente tudo sobre a tua doença, agora os computadores são as putas deste século, talvez por isso se fale do sexo virtual e medrem os famosos sites, sei de tudo. E sei também, tenho em mim esta certeza, que nunca traíste a lembrança que tenho de ti, de tempos em que eu exercia outra profissão, e onde ficávamos a conversar por altas horas não de amanhãs cantantes mas si de presentes e mais valias, e onde às vezes também acontecia uma que outra cantoria. Era um prazer definir os cabrões desta vida contigo. Para isto servem os amigos, para amenizarem a longa caminhada, este labirinto de dor em que nos movemos, hoje como ontem. A dor existia, estava lá, mas tu e eu riamo-nos dela, embolávamos o touro por turnos, e utilizávamos a noite como se fosse ora posto avançado ora porto de abrigo, onde trocávamos apontamentos, impressões, postais do bloqueio.
Começaram as coisas a mudar e tu decidiste viajar. Cedo percebeste que por aqui a coisa já não estava para amigos. Conheci depois a tua filha e dei-lhe uma aula ignóbil.
Antes pensava que eram aqueles dias e só que me faziam falta. Agora percebo que eras tu também, e consigo individualizar-te no meio dos destroços desses anos. Saías detrás de uma cortina e dizias-me “este é para ti”.
Tinhas sempre a razão do teu lado.
Portanto, meu caro amigo, se, para terminar esses tratamentos em que andas for preciso um transplante - assim como que de um coração - podes contar com o meu.
Dar-lhe-ás melhor uso.


Um grande abraço

W.

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quarta-feira, outubro 25, 2006

Noites do Norte 2000


A atenção dada ao último disco de Caetano leva a repensar o último de originais do mesmo "Noites do Norte" do ano 2000. Sucessor do "unanimoso" "Livro" de 1997, estrondoso êxito de crítica e até de vendas, este disco foi mais elogiado do que propriamente ouvido por muitos, incluindo eu.
O disco, co-produzido por Jaques Morelenbaum, usa algum do balanço de "Livro" mas é mais eclético nas soluções, vidé "Rock'n'Raul", a 5ª faixa. O primeiro bloco de 4 canções fala da escravidão, mas outros temas aparecem, e outras músicas. Não é um disco imediato, mas também não é difícil. Não se deve ouvir "Livro" nas redondezas. Aqui não há temas redondos, clássicos instantâneos, mas há muitos sons para ficar. Muito bom.

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1956


As comemorações da insurreição húngara foram manchadas por violência e muita polémica. E o menor dos problemas é a infiltração destas manifestções pela extrema-direita: o nacionalismo magiar já conheceu melhores dias e a inimiga Roménia vai entrar para o clube daqui a meses.
O problema é que o 1º-ministro social democrata húngaro terá discutido com o seu gabinete, ou equiparado, o como a mentira o tinha levado ao poder. Uma gravação destas conversas chegou a público e ele não se demite!
Em 1956 aconteceu outra mentira: estando o 1º ministro revoltoso Imre Nagy refugiado na embaixada da Jugoslávia foi-lhe dado um salvo-conduto que lhe devia permitir escapar em liberdade. Mal saiu da embaixada foi preso pelos soviéticos e dado como desaparecido. Foi fuzilado secretamente na Roménia. O seu corpo recebeu funerais nacionais em 1990, aos quais compareceram 200000 húngaros. E hoje, isto.

Também fala-se pouco da anosmia ocidental perante o martírio húngaro nesse ano de 1956. As fronteiras a leste ficaram definidas por 35 anos em Budapeste, e não antes.

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terça-feira, outubro 24, 2006

Believer 2006



Tarde, muito tarde confesso ando a aprender os caminhos de mais um extraordinário músico português de jazz, este de seu nome Carlos Bica. Contrabaixista a liderar uma formação em trio de nome "Azul", com o guitarrista Frank Möbus e o percussionista Jim Black, sai agora um novo disco desta formação, com a ajuda do DJ Illvibe nas turntables.
Um disco surpreendente, uma viagem sem fim onde uma fantástica guitarra eléctrica sobressai planante, sim, é isso, experimentem aquele comboio nocturno e usar "Believer" como ilustração sonora. Onde o negro ficará mais negro, brilhante portanto. Como.
Epígrafe (de C Sagan): "You can not convince a believer of anything; for their belief is not based on evidence, it's based on a deep seated need to believe."

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No Parque do Carriçal umas horas poucas


Ele há um espaço que, por boas ou ínvias razões tem vindo a melhorar e melhorar. Chama-se Parque do Carriçal e fica à esquerda da Paroquial da Sra da Hora, atravessando até à cooperativa das Sete Bicas e a recém inaugurada piscina municipal. Por pouco tempo que lá se vá, é sempre um prazer, e um contraponto ao desvario urbanístico da Quinta das Sedas, e o que mais se verá no antigo espaço da Efanor.
A piscina, que de tão hedonista nem parece municipal, é bastante bonita. E tem cafetaria anexa, ainda à procura de como ser. Ora admirem.

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Alice 2005



Trata-se da banda sonora do filme do mesmo nome realizado por Marco Martins, e que passou na Quinzena dos Realizadores em Cannes. Já mencionei o filme vagamente em Abril. O disco é de Bernardo Sassetti. A história é a de uma criança que desaparece, e da busca insone encetada pelo seu pai. Conta o realizador: "Interessava-me na história de "Alice" explorar sobretudo a obsessão. Alguém que perde uma filha e que, sentido-se impotente para agir, cria um sistema paralelo de funcionamento, exterior à sociedade em que vive. Quando, à noite de regresso a casa, vemos os vídeos de Mário e toda aquela multidão anónima, em movimento continuo, já não sabemos se aquelas imagens são reais se apenas existem na cabeça de Mário.Um rosto igual a outro rosto, uma rua igual a outra rua, um dia igual a outro dia. A cidade como local de abstracção onde, alguém como Mário, pode estar profundamente isolado. Na procura de Alice, Mário conhece outras personagens, também elas, de alguma forma, sozinhas também elas isoladas na cidade onde vivem."Alice" é sobretudo um filme sobre a ausência. Uma história de amor de um pai por uma filha."
Como abordagem mais suave, e porque ainda não tive coragem de ver o filme, decidi começar por adquirir a banda sonora: e é lindíssima. E muito triste, claro.

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sexta-feira, outubro 20, 2006

Blowout Comb 1994


Pelos Digable Planets, eis hip-hop sem complexos e com muito swing, pop, originalidade, you name it. Em 1994 era o 2º disco - confirmação. Consta, que eu não sei, que o 1º era idem de bom. Hip-hop pacifista, sem músculo mas um bocadinho de corpo e muitos mind e voice games.
Uma curte. Hoje um clássico.

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quinta-feira, outubro 19, 2006

"A Mafia do Dendê"

Na sequência de visitas a sites muitos sobre música brasileira, descobri que Caetano Veloso tem muita fama no Brasil de "mafioso", "parcial", "mau colega", "amigo de corruptos", whatever. O cabecilha, com Gilberto Gil, da chamada "mafia do dendê"...
Muto disto parece-me dor de cotovelo de gente do Rio e de São Paulo pela força do lobby baiano na MPB. Que nasce sobretudo da qualidade intrínseca da sua música...
Um exemplo parecido é o de o 2º disco da Maria Rita, a filha da Elis, ter sido distribuido aos jornalistas da praça com oferta de iPod anexo...
Algumas críticas ou artigos mais ásperos sobre o Caê parecem ter dado aqui e ali em dispensas...
Claro que Ezra Pound era fascista, e as opiniões políticas de Picasso (e o seu memorável feitio e a sua incapacidade de manipular quem quer que seja...) são dados que não me interessam por aí além.
Agora a música, ora ataquem lá...

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Bush must stop



Eu sei, eu sei, e não esqueçamos os hum... milhares e milhares de iraquianos entretanto mortos, claro, claro... mas as crianças meu Deus, as crianças, mesmo as americanas...

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quarta-feira, outubro 18, 2006

Rivoli Nosso

Gosto de vez em quando de pensar que os meus impostos servem para pagar coisas a um tempo úteis e bonitas - como o Rivoli, pelo menos em teoria - e não para pagar o ordenado de energúmenos como o Sr. Rui Rio.
O que está a acontecer no Rivoli - falo da sua "privatização" - é vergonhoso. E o protesto "ocupante", (algo) liderado por Regina Guimarães, uma reacção mínima e lógica e bonita. Associo um link a uma entrevista na net da letrista dosTrês Tristes Tigres, pessoa que muito admiro há bons anos.
Significativo também e ainda a relativamente pouca reacção popular ao evento. Sinal de que o Porto é o que fizeram dele: muito pouco.
E há um blog.

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segunda-feira, outubro 16, 2006

Leituras

O Brasil no Leituras...

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sábado, outubro 14, 2006

na prisão de Najaf, 2005, creio

by World Press Photo

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E Jesualdo disse: (1-0 no Porto-Marítimo)

"Olha o Pepe!..."

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2008 Europeu de Futebol


Dentro da maneira de criar uma equipa por Scolari, qualquer transição é difícil. Uma equipa "à Scolari" é como um clube com um só patrão, ele. Os seus jogadores/súbditos/filhos são defendidos com unhas e dentes. E da união nasce a força. Este esquema explica alguns jogos que Portugal fez sob Scolari (eg. vs. Holanda Mundial 2006) - como "só ele" os podia vencer.
O reverso é ser um grupo assim bastante fechado a novidades, e tardio a compreender as suas fraquezas. Não é um grupo dinâmico. Por outro lado convenhamos que Scolari às vezes inventa. E quando inventa, as mais das vezes erra.
Vejamos a coisa polaca 4ª feira passada. Pôr Petit a fazer de Maniche não lembra ao diabo. Não perceber que Costinha parece já ser carta fora deste baralho é outro detalhe importante. Juntar a isto uma defesa órfã de Jorge Andrade e de Fernando Meira, e o caldo está servido.
Não sei se Smolarek tem o email do "Filipão" mas uma palavra de agradecimento impunha-se.
E para a frente? A nossa selecção continua a jogar como se o Pauleta ainda lá estivesse, quando agora a coisa é outra. Assim como assim, porque não mecanizar a coisa para um Hugo Almeida, ou parecido? A única vez em que a coisa resultou rasteira, aos 92', o Nuno lá marcou golo. Centros e mais centros para o Nuno Gomes a ver passar não é plano para ninguém. E depois a cabeça deste treinador não parece estar atenta ao campo - tirar Deco quando ele está a aparecer e manter Ronaldo quando ele está ausente não tem lógica. Nani podia perfeitamente ir para o lugar do CRonaldo fazer o que muito bem faz no Sporting, entrar de fora para dentro, etc., etc.
Finalmente a confiança em Maniche, um dos MVP's do Euro 2006 e um homem dos grandes jogos, era tanta que só entrou a 8' do fim.
Scolari já ganhou para nós alguns jogos muito importantes (outros jogos foram ganhos sim mas por aqueles jogadores, lembram-se?). Este, foi ele que o perdeu. E os "erros infantis" só a ele pertencem.
PS.: não ponham mais Ricardos na defesa de Portugal, que até o R Carvalho já teve melhores dias...

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Motion 1999


Um disco com antecedentes, história, mas sem sequência. Uma obra prima, talvez a última que saiu do selo Ninja Tune. Jazz de 1ª água desenhado por um DJ. Jason Swinscoe em estado de graça. Um dos (meus) discos da década, e que parecia vir anunciar um futuro que, afinal, nunca chegou.

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quarta-feira, outubro 11, 2006

Volver



Mais um filme bem agradável de Pedro Almodovar. Não é genial mas escorre muito bem e com o acréscimo de nos sentirmos em território familiar.
Como mais valia o reencontro com Carmen Maura.
Como dúvida residual o eu não saber se gostei assim muito de Penelope Cruz neste papel de Raimunda, parece que não tanto a fazer de Ana Magnani mas sim de Sofia Loren. Esquecendo o playback, sofrível, ela não fala, age, mexe, sempre da mesma maneira?
Outra coisa: neste filme é/não é como que uma fatalidade que os pais abusem sempre das filhas? Dúvidas, dúvidas...
Só estou a expôr algumas das razões porque irei - um dia - querer rever este filme, para tirar estas dúvidas que me ficam...

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domingo, outubro 08, 2006

Forest Whitaker


Um enorme actor, daqueles que apetece abraçar. Bird, Smoke, Panic Room, Diary of a Hitman.

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sábado, outubro 07, 2006

Cê 2006


E nem tudo está perdido, temos novo disco do Caetano.

64 anos, este monstro musical acaba de parir novo OVNI em forma redonda de CD com furinho no meio, pelo menos para mim que ainda compro.
Podia optar por não escrever nada e referenciar tudo ao texto que o próprio distribuiu à imprensa com o lançamento de “Cê”, diminutivo de “você”, claro. Mas como conseguir?
Com produção sobretudo de Pedro Sá mas também do filho Moreno Veloso, este disco é retintamente Caetano, e não é pelo facto de se tratar de doze canções sobrepostas a uma formaçõa rockeira em power trio, ou de as vestimentas frequentemente soarem a New Wave, ou No Wave, ou John Cale até que se pode dizer que nunca ouvimos Caetano cantar assim e sobre estes sons. Ecléticos, pois muito mais do que rock aqui está. Aliás a referência será a cena indie brasileira, para mim desconhecida…
Pois, 64 anos.
E como é a coisa? Caetano refere que ao fim destes anos todos será este o 1º disco só com canções escritas por ele. É obra. Caetano separou-se recentemente (a canção “Não me arrependo” disso trata), estará ou não um pouco mais sozinho. As 1ª s 4 canções alternam os ritmos rápidos (1,3) com os sons mais soft tipicamente deste autor, planando sobre as palavras irreparáveis, primorosas. Depois um lindo poema encena um requiem por Waly Salomão, uma espécie de não-canção, um esgotamento.
Mas a 6 é mais um item para o songbook, e é a tal onde ele diz que “Não me arrependo”. Intervalo no rock, isto é Caetano vintage. Ganha mais esta partida, o resto é diversão. A saber: “Musa híbrida” (7) joga com os falsetes e agudos do autor e resuma língua em desdobramento maior, há o português, o português do Brasil e as habilidades que Caetano faz com os dois. Música de pandeiro nada enro(s)ckado, território familiar, portanto. Depois ”Odeio” mete muita distorção pelo começo e pelo meio e pelo fim, mas é um pop, nem mais. A brincadeira que se segue, “Homem”, é a defesa do masculino Caetano, um manifesto que podia ter sido escrito há uns 30 anos, estilo music hall, com algum fuzz final. E aí a 10ª canção, uma muito provável private joke em sotaque português, “Porquê?” cuja letra transcrevo: “estou-me a vir/e tu como é que te tens por dentro?/porque não te vens também?”. Ou talvez não, por que a expressão usada na 1ª estrofe não se ouve no Brasil… Caetano à portuguesa é uma voz tipo-Fausto, ou Vitorino. Caetano: "Acho bonita a maneira como, linguisticamente, os portugueses resolveram a questão do orgasmo. No Brasil, usamos o verbo gozar, como na França. Mas é como se estivesse acabando alguma coisa. Estou-me a vir é reflexivo, ou seja, fala de si próprio. E ainda dá uma idéia de continuidade". Peço à audiência que repare que o poema tem 1,2,3 linhas.
A 11ª dose é uma deambulação Caetânica sobre dedilhação eléctrica. E no fim um hino a lembrar “Velô”, disco velho de 20 anos, embainhado em guitarras e sarcasmo, e que assim termina: “eu sou o herói/só deus e eu sabemos como dói”
Pois, 64 anos. Não é um disco genial, mas é o disco de um génio, e nota-se. Por falar nisso, lembram-se da versão de “Come as you are” no disco “A Foreign Sound”? Pois é, eu bem avisei.

Pois, 64 anos. Voltamos a citar Caetano, que não vota Lula: “A esquerda é como torcida de futebol. As pessoas ficam cegas. Eu sou um simpatizante da esquerda por sede de harmonia, de dignidade e de Justiça. Mas vejo frequentemente que a esquerda é quem mais ameaça essas coisas que me levaram a me aproximar dela.”

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Espanha em Portugal



Os horários do Corte Inglês de Gaia são espanhóis. Descobrimos que assim era quando lá fomos num domingo de noite. Mas não é aquele bunker cerealífero cinzento do costume.
Portanto a coisa, onde ainda não se entrou, está de parabéns pelas duas opções.

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Vista de Monelos



Vista de Monelos, A Coruña parece-se com uma cidade espanhola qualquer, exibindo o seu bunker Corte Inglês do costume.
Jogando-se para as alturas, pendurando-se em bicos de pés da torre Costa Rica (o edifício mais alto da Galiza, à esquerda ao centro), das chaminés da refinaria... órfãs estas de um qualquer teleférico que as defenda do escárnio e da maldição.

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+ Kapuscinski

no Leituras

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Luc Tuymans


The Architect, 1997

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quinta-feira, outubro 05, 2006

Gego e Fernanda Gomes, em Serralves



Gertrud Goldschmitt (1912-1994) foi uma artista venezuelana nascida alemã que se tornou conhecida como "Gego". A exposição que está em Serralves mostra desenhos e esculturas/estruturas que cobrem quarenta anos de trabalho sobre a linha, o espaço, os espaços, e a irregularidade harmoniosa. A ver.

Fernanda Gomes (n. 1960) nasceu no Brasil e apropriou-se de duas salas de Serralves para criar um espaço de pequenas sugestões, detalhes, quase invisíveis, quase nadas, um campo aberto ou uma armadilha muito bem montada.
P.S.: num determinado momento, uma pequena centopeia cruzou o branco da 1ª sala, em movimentos ziguezagueantes. Parte da instalação? Colecção da autora? Se vocês forem visitar a exposição, voltarão a vê-la?

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quarta-feira, outubro 04, 2006

The Everyday People Project Vol 1 2006


Steve "the Scotsman" Harvey é um compositor, produtor e session musician de soul e funk há mais de 80 anos. Homem de origem escocêsa e antiga (n.1959), fez-se músico 1º na banda de jazz clássico do pai, e depois em LA. Para ele o melhor disco de sempre é "Innnervisions" de S Wonder.
Este ano botou cá fora este projecto-disco, clássico soul-funk-R&B, a cheirar a antigo de tanto respeito pelo género.
Nada de novo acontece mas sabe muito bem. Like an old scotch, I presume.

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Road to Freedom 1991


A boa música não merece letreiros. Por isso no início dos anos noventa música muito boa foi descartada rapidamente por ser "acid jazz". Exemplo maior? Os Young Disciples.
Este grupo britânico durou dois anos, de 90 a 92. Deu uma carreira a solo a uma cantora americana, Carleen Anderson. Mas dos seus dois gurus, Marc Nelson e Femi Williams, pouco mais se ouviu falar.
"Road to Freedom" de 1991, disco único, é uma jóia. Soul, funk, jazz, pop, whatever. Docinho, docinho.
Produção por Demus, ajuda de Mick Talbot (amigo de Peter Weller).
É ouvir, gente, é ouvir.

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terça-feira, outubro 03, 2006

A nena de Monelos

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