segunda-feira, junho 12, 2006

Praia de Esteiro, ria de Muros, Galiza





Ontem teimei e fui almoçar com amigos a Muros. Y que bien lo pasamos... Muros é uma pequena vila portuária de ria como há muitas na Galiza, ou como há poucas, porque Muros é das mais bonitas terras da Galiza, na minha opinião, con un emplazamiento inmejorable.
Já à tardinha, em vez de voltar, estacionámos um pouquinho pela praia do Esteiro, uma entre muitas, também muito bonita, e com um passeio construido com velhas traves de madeira de não sei de onde, muito bem pensado. Un dia... inmejorable. Como las navajas, tio...

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domingo, junho 11, 2006

Livros

Quatro novos livros quatro... no Leituras...

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sexta-feira, junho 09, 2006

SMS agora mesmo recebido...

"A D.Maria se le cayeron los dientes por la ventana, se le partieron y tuvimos q parar el tràfico en T. Ribeiro para recuperarlos..."

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Ó Represas, vai lá ajudar...


Afinal Timor não é apenas Lorosae...

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Pedro Costa, realizador de cinema

A portuguese desperado.

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No Kit Kat


Uma pausa...

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Hingis, Martina


Is back. Wellcome...

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quinta-feira, junho 08, 2006

VW Polo cinzento, 23-14-ZP (se não me engano)

Meu amigo, entre a VCI e o Norte Shopping, há umas horas, cometeste mais infracções ao Código da Estrada em minutos do que eu em meses...
Parabéns, filho da puta!

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terça-feira, junho 06, 2006

TAOUB


No último dia do Serralves Em Festa actuou o Grupo de Acrobatas de Tânger, com o espectáculo TAOUB. Esta palavra quer dizer "tecido" em árabe. Sugiro ver o link, bem como um pequeno vídeo da ARTE a que se pode aceder no fim da página. Conta quem viu que é inesquecível, porque simples, arrojado, encantatório, luminoso. Duas raparigas, dez rapazes e homens. Quatro pertencem a uma família de acrobatas. Tecidos que ocultam, que revelam, que definem, que ligam, numa dança que vai e vem. A vida acrobática.

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segunda-feira, junho 05, 2006

Adonis


O poeta árabe vivo mais citado usa como nom de plumme "Adonis". O que numa pesquiza internet traz sempre como extra um nº imparável de endereços indesejados...

Nascido na Síria, libanês de nacionalidade e vivendo em Paris desde a guerra civil libanesa, este homem interessantíssimo, jamais traduzido em livro para português, tem uma entrevista brilhante (no sentido luminoso do termo) no último MilFolhas (Público). Cito:

"Se não há laicidade não há futuro. O que complica o progresso, em relação à religião, é que enquanto fé real, revelação, terminou há muito tempo, está acabada. O que chamamos religião é uma ideologia política. Isso é o pior, o mais infeliz, agora."

"É preciso destruir Jerusalém.".

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The boyish look

... has always been a killer.

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Os santos também podem ser populares


Este mundo, digo eu, não é uma aldeia, é meia aldeia.
Um amigo meu, que é médico, vive num 3ª andar. Frequentemente adormece a sua única filha lendo-lhe histórias, pois ela tem apenas 7 anos. Frequentemente esta actividade permite-lhe actualizar o argumento de uma que outra telenovela de alguma das cadeias televisivas privadas que por cá há. A esposa desse meu amigo diz que imediatamente por baixo fica o quarto do filho dos vizinhos… de baixo. Custa-lhe a acreditar, a esse meu amigo, que um rapaz nos seus vintes aprecie tanto o telenovelário, e que ainda por cima tenha semelhantes problemas de audição de forma a permitir às vezes acompanhar diálogos inteiros. Esclareço que o meu amigo não tem mencionado queixas da parte da sua filha no que a barulhos diz respeito.
Sucede que esse rapaz tem uma namorada. Feia, mas namorada. E que é enfermeira no serviço onde esse meu amigo trabalha. Tímida, metida consigo, mas algo sorridente naqueles encontros do costume, elevadores e isso.
Um destes dias o meu amigo partilhou uma noite de serviço com a tal rapariga, enfermeira. De sorrisos nada, um espanto na cara, uma revisão actualizada e diminuída daquela figura que aterroriza os dálmatas, cem mais um, mas sem o glamour. O meu amigo deu a explicação o mais benigna possível: a miúda estaria assustada. Fazer noite de enfermagem num serviço de Medicina Interna não deve ser pêra doce, assumo eu que não sei. O meu amigo adianta que já detectou expressões assim em muitos colegas médicos, mais novos, mais velhos… e sempre com a raiz na mesma situação, o pavor perante a doença, perante o doente. Mas então...

Tudo isto poderia dar uma óptima telenovela…

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O Homem do Tanque



De 3 para 4 de Junho de 1989 aconteceu o massacre dos estudantes que se tinham concentrado na praça de Tiannamen, bem como de centenas de outras pessoas que se opuseram por toda a cidade de Beijing ao avanço do Exército chinês.

No dia 5, já a praça tinha sido "libertada", este homem, de camisa branca e sacos (de compras?) nas mãos, fez parar um tanque. Uma coluna inteira. Uma e outra vez. O tanque tentava rodeá-lo, ele não deixava. Ele aliás subiu pelo tanque acima e começou a falar "lá para dentro". Voltou a descer. O tanque voltou a avançar e ele não se mexeu. Até que vieram 4-5 populares e tiraram-no dali. Nunca mais se ouviu falar dele. Morreu? Está vivo? Mataram-no?

Ficou o símbolo.

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domingo, junho 04, 2006

Matosinhos... é o Senhor!


... de Matosinhos. Festa popular entre as populares, hoje toda a gente na rua, pudera, com o calor que estava! Ontem foi ver o fogo com sardinhada incluida em casa de amigos. Terça-feira o dia do Senhor de Matosinhos mesmo! Senhor que é dos nossos destinos no mais alto mar, como todos sabeis.

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Serralves Nonstop


É uma festa. E a minha pena foi o pouco tempo que tive para participar. Apesar do meio euro que paguei por um balão como contribuição para a Fundação... da qual já sou Amigo...

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sexta-feira, junho 02, 2006

Manuel António Pina


Um amigo meu, que é médico, internou recentemente uma doente para estudo, com o feliz resultado de descobrir que ela tem um cancro estenosante do estômago, na zona do piloro, e tem que ser operada.
A doente, uma gentil e idosa criatura já com a “sua idade”, no princípio recusara determinados exames, os mesmos que agora fizeram o diagnóstico. Tem a senhora uma hipovisão importante, os seus campos visuais inferiores são inexistentes, e nas metades superiores vê apenas figuras esborratadas. É este um paralelismo curioso com o seu ex-marido, este sim cego e pronto, este sim doente antigo deste meu amigo.
Este senhor, um doente respiratório nos seus oitentas, e que por vários acidentes isquémicos transitórios veio parar às mãos do meu amigo há uns 4-5 anos, nunca lhe permitiu grande tratamento das suas maleitas – à mínima veleidade de antiagregação, aspirina, outros, logo o pobre invisual começava a perder sangue na urina, não que ele a visse...
Este doente compensava todo este insucesso de intenção terapêutica permitindo ao meu amigo consultas preenchidas com uma conversa simpática e riquíssima. Quando novo, o seu doente conhecera entre outros por exemplo Bernardino Machado, ex-Presidente da 1ª Republica, 1ª Republica esta aliás tão vilipendiada e que teve 1ªs figuras da altura do citado, ou como Manuel Teixeira-Gomes... Lembrava-se o meu amigo de numa consulta inclusivé discutir a famosíssima questão da mulher do Carmona...
Estabelecida a boa relação com a família apesar do nihilismo farmacológico, o passo seguinte foi pedir para observar a ex-esposa, que preocupava os filhos, e que em meses desembocou no actual internamento .
O meu amigo conhecia duas filhas, diferentes como a água do azeite, e ouvira falar de um filho deslocado na Dinamarca, tradutor de livros de autores... dinamarqueses. Uma tradução tinha-lhe sido inclusivamente oferecida, por um Natal.
Hoje este filho lá estava, no hospital português, perante a mãe desesperada, a não poder comer, esperando a morte prometida visto a informação não ter sido negada, “é cancro”. Sim, porque as portuguesas marcações de bloco operatório não se compadecem com a excelência pessoal de pessoas assim. O inferno existe e é uma frase do tipo “agora só para a semana”. Apresentações, diagnósticos, estratégias, não façam assim, vamos esperar. O hospital como um ecossistema para o qual os doentes nunca estão preparados. Cada doente uma espécie única em vias de extinção.
Depois o meu amigo médico foi meter algum veneno ao centro comercial clandestino que existe nas trazeiras do hospital. Comeu, acabou de comer, e por ali ficou, cabeceando, em transe, à espera de um tiro, à espera de uma solução.
E eis que lhe aparece o filho tradutor da sua doente. Vinha em pequenos passos, roupa de verão e óculos de massa, melancólico, cinquenta e poucos. Trazia na mão um bocado de verde de um arbusto colhido... – como raio... “Não pude evitar apanhá-lo...” A primeira frase. O meu amigo levantou-se e sentou-se e levantou-se. Depois desta explicação voltaram à circunstância que sempre rodeia... “a minha mãe está plenamente ciente, a minha mãe terá depois que fazer a rotação quando já não a quiserem operar, ela tem muita confiança em si mas eu acredito que todos os médicos...” A voz lembrava bastante a do pai, o tal doente invisual, por onde esta história tinha começado. Mas uma voz mais pausada, como se sabendo guardar as histórias para outros cenários e tempos mais favoráveis, ou apenas porque as histórias que conhecia eram apenas traduções por defeito de verdades indizíveis... e o pequeno evento arbustivo na mão esquerda, assim um pouco para trás, como um cigarro que se esconde. “Sabe, lembra-me um amigo meu, o Manuel António Pina, não sei se ouviu falar nele”.
Deus não existe, mas se existisse seria um Deus irónico.

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quinta-feira, junho 01, 2006

Manuel de civilité pour les petites filles (à l'usage des maisons d'éducation)

"Avec les domestiques

Si vous êtes une petite fille extrêmement baiseuse, si vous avez tout le temps la chemise pleine de foutre et les draps couverts de taches, branlez un peu la bonne pour qu'elle ne dise rien.

Si vous surprenez la fille de cuisine en train de se branler avec le rouleau à pâtes, ne le répétez pas à madame votre mère. Quand une pauvre fille est en chaleur, elle prend ce qu'elle a sous la main.

Ne faites pas feuille de rose à vos domestiques. C'est un service que vous pouvez leur demander mais qu'il est plus convenable de ne pas leur rendre.

N'exigez pas d'une femme de chambre qu'elle vous fasse minette plus de deux fois par jour. Il ne faut pas fatiguer les domestiques."

Pierre Louÿs (1870-1925)

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Une soap opéra portugaise

Eis como a TVI é notícia no Le Monde...

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