sábado, dezembro 31, 2005

2006

Para todos um BOM ANO!
(Só pode, este q acaba foi uma boa merda!)
But we had our kicks...

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Mas afinal onde fica o Porto Santo?

Segundo os ingleses, logo ali, na costa de África... vidé http://www.guardian.co.uk/airlines/story/0,,1675311,00.html

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sexta-feira, dezembro 30, 2005

Loud Sakamoto

Ryuichi Sakamoto\Thousand Knives Of\Thousand Knives 1978

Yellow Magic Orchestra\Technodon- (Slipping Into Madness Is Good For The Sake Of Comparison)\Be A Superman 1993

Ryuichi Sakamoto\B 2 Unit\Riot in Lagos 1980

Ryuichi Sakamoto\Beauty\We Love You [Remix] 1989

Ryuichi Sakamoto\Neo Geo\Shogunade 1988

Ryuichi Sakamoto\Heartbeat\Lulu 1992

Ryuichi Sakamoto\Smoochy\A Day in the Park 1996

Ryuichi Sakamoto\Sweet Revenge\Regret 1994

Yellow Magic Orchestra\Technodon- (Slipping Into Madness Is Good For The Sake Of Comparison)\Silence Of Time 1993

Ryuichi Sakamoto\Neo Geo\Neo Geo 1988

Ryuichi Sakamoto\Heartbeat\Triste 1992

Ryuichi Sakamoto\Beauty\You Do Me [Edited Version].wma 1989

Ryuichi Sakamoto\Neo Geo\Okinawa Song [Chin Nuku Juushi] 1988

Ryuichi Sakamoto\Chasm\War&Peace 2004



Hoje é fácil esquecer que Sakamoto deu-se a conhecer ao mundo como a cara bonita de um grupo de techno-pop. A sua interacção com a área pop, world, house, hip hop, etc., foi sempre a própria de alguém que não recusava ab initio qualquer linguagem musical, e por outro a abordagem de alguém fascinado pelos grandes compositores de canções (e sobretudo Tom Jobim) e pelo obter desse Graal que é a canção perfeita, ou de pôr alguém a dançar. Por outro lado, Sakamoto durante alguns tempos não desdenhou a presença nos tops e na ribalta mundana do mundo da música pop e cercanias. Daí o acima.
Abrimos como abriu ele, o 1º tema do seu 1º disco a solo: uma espécie de "aqui estou eu". 15 anos depois e 10 anos após a sua separação, os YMO reuniram-se para um disco isolado. Notem as vocalizações de W Burroughs. Em 1980 "Riot in Lagos" foi notada o bastante para ser dos temas mais samplados pela música electrónica durante os anos 80. O 4º tema é um revisão de uma canção dos R Stones de 1967, onde eles Stones respondiam a um episódio rocambolesco de "uma noite na prisão"; som muito novaiorquino, vocais de Robert Wyatt, tudo como deve ser. O tema 5 é Bill Laswell meets the east, a todo o vapor. "Lulu" jazz free funk com John Lurie dos Lounge Lizards. Und so weiter... Reparem que 11 dos 14 temas são de 1988 a 1996. Enjoy !

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Sakamoto Low

1. Ryuichi Sakamoto\1996\A Day a Gorilla Gives a Banana 1996

2. Ryuichi Sakamoto\Sweet Revenge\Same Dream, Same Destination 1994

3. Ryuichi Sakamoto\Thousand Knives Of\Grasshoppers 1978

4. Ryuichi Sakamoto\Alexei and the Spring\Happiness 2002

5. Ryuichi Sakamoto\1996\The Wuthering Heights 1996

6. Ryuichi Sakamoto\Neo Geo\After All 1988

7. Ryuichi Sakamoto\Illustrated Musical Encyclopaedia\Paradise Lost 1986

8. Ryuichi Sakamoto\Heartbeat\Epilogue 1992

9. Ryuichi Sakamoto\Beauty\Diabaram 1989

10. Ryuichi Sakamoto\1996\Bibo No Aozora 1996

11. Ryuichi Sakamoto\BTTB\Lorenz and Watson 1999

12. Ryuichi Sakamoto\Chasm\Seven Samurai - Ending Theme 2004

13. Ryuichi Sakamoto\Sweet Revenge\Sweet Revenge 1994

14. Ryuichi Sakamoto\Alexei and the Spring\Ending [Piano Version] 2002

15. Ryuichi Sakamoto\Smoochy\Aoneko No Torso 1996

16. Ryuichi Sakamoto\Sweet Revenge\Water's Edge 1994

17. Alva Noto+Ryuichi Sakamoto\Vrioon\Trioon I 2002

18. Ryuichi Sakamoto\Merry Christmas Mr. Lawrence (Original Soundtrack) [UK]\Ride, Ride, Ride (Celliers'Brother's Song) 1983

19. Ryuichi Sakamoto\Merry Christmas Mr. Lawrence (Original Soundtrack) [UK]\Father Christmas 1983


Esta selecção de temas abrange 26 anos e evita alguns dos temas mais conhecidos. Por defeito de raciocínio mas não só, qualquer destes temas pertence a uma banda-sonora, pelo menos potencial. O primeiro tema é também o de entrada do disco "1996" em que RS condensou em três instrumentos a sua música (Coliseu do Porto, visto e adorado). A canção em si julgo ser muito anterior. Em 1994 em Sweet Revenge, com a vocalização de Roddy Frame (Aztec Camera) - tema 2 - temos mais um assalto à canção perfeita. "Grasshoppers" é a apresentação de RS enquanto pianista ao mundo - 1978. Alexei and the Spring foi a última banda-sonora, idem elogiada. Nos restantes temas o piano e demais teclas predominam, referência apenas a Yossou N'Dour em "Diabaram", no álbum mais world music, simplesmente brilhante, e o tema 11 - BTTB (back to the basics...) que é um Eric Satie-lookalike, como aliás todo o disco. O tema 16 ainda de Sweet Revenge é outra canção semi-Jobim, muito catita, e o penúltimo tema um delírio minimalista electrónico muito audível de um disco dificilmente penetrável. Só uma última curiosidade, a canção 12 e tema mais recente desta recolha foi feita para um jogo da Playstation 2... Surprised?

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Sakamoto, Low and Loud

Descobri ontem ter ficado com sérias limitações de net, que espero resolver brevemente. Porém não espero e aqui disponho o assembling das duas colectâneas de Sakamoto q desenhei "só para amigos". Logo q possível o escrito migrará para a página respectiva. Lembro que não é o projecto de estas colectâneas ofender o copyright de quem quer que seja, o que existe foi comprado a 100%. Quem quiser aceder a estes caprichos mande email e falamos.

Assim:

Sakamoto, Ryuichi tirou o curso de piano na Univ de Tokio, e logo em 1978 editou 2 discos 2, o primeiro a solo, "Thousand Knives of", display de habilidades mais do que coisa séria, e, em conjunto com H Hosono e Y Takahashi, constituiu o grupo "Yellow Magic Orchestra", cruzamento de Kraftwerk e Human League com sabor oriental. Em 1980 sairia o 2º a solo, "B2 Unit", too arty e ocasionalmente inaudível, onde colaborava com Andy Partridge dos XTC.
O resto da carreira, mais 25 anos, espelha o disco de 1978: a história de um virtuoso dos sons e da melodia, fascinado com praticamente todas as formas de música mas com uma fixação maníaca em Tom Jobim, e que nunca conseguiu produzir uma obra-prima. Porém, como ninguém, terá sido das pessoas mais perto de um som impoluto, ou da canção sem falhas.Sendo o material de Sakamoto extenso, decidi dividir as escolhas entre temas mais suaves (Sakamoto-Low) e temas mais mexidos (Sakamoto-Loud), estes provenientes da sua fase mais pop e "in".

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quarta-feira, dezembro 28, 2005

JMS

BAYERN DE MUNIQUE 1 X F.C.PORTO 2 - ARTUR JORGE (1987)

(Lines written in dejection)

Aos dezoito anos vive-se já na antecâmara
do pesadelo, mas a vida reserva-nos ainda
o fulgor intempestivo dum embate
donde sairemos homens, estonteados
de suor e lama.

Sabíamos que não iria durar muito
a juventude - noventa e três minutos,
se não erro. Mas o trevo permanece
nas pastagens da memória: um irónico
toque de calcanhar, uma rápida investida
no coração do tempo, as mais loucas
diagonais contra o pior dos fatalismos,
o dos tímidos.

Como esquecer aquelas fintas à tristeza,
a viva fantasia dos relâmpagos abrindo
fundas brechas no espírito simétrico,
pesado, dos teutónicos, a negação
do fado. Que foi isto, perguntámos,
como pôde? Nenhum relógio mede
tamanha velocidade.

E as lágrimas deslizam, como vêem,
pelo poema abaixo, isso é sinal de que o futuro
já passou, já ruiu a balaustrada de onde víamos,
serenos, a corrida dos minutos, coroada
de possível. Que nos resta? Nada. Felizes
os que guardam, pelo menos, a cassete.

José Miguel Silva, in "Movimentos no Escuro", Ass & Alvim, 2005


(Ver texto s/ livro no Leituras)

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Elis & Tom, 1974

 

Este disco é um monumento. E existe regravado o ano passado. É um disco de Elis Regina a cantar Tom Jobim (relação iniciada 3 anos antes, fugazmente, com as "Águas de Março"). A produção é do então marido de Elis, César Mariano, com Tom Jobim em quase todas as faixas. Mas as canções são todas do Mestre. O paraíso musical existe e reside aqui. Posted by Picasa

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terça-feira, dezembro 27, 2005

Paul Theroux e Bono

A diferença entre um e outro é que o segundo já foi nomeado para o Prémio Nobel da Paz. Mas... vamos ler este artigo do El País para ver quem tem razão, vamos ? http://www.elpais.es/articulo/elpporopi/20051227elpepiopi_6/Tes

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JSB

UMA FOTOGRAFIA DO 25 DE ABRIL

Primeiro as árvores cobri-
ram-se de folhas depois

de pássaros e depois de
homens.



Jorge Sousa Braga in Porto de Abrigo, Ass&Alvim, 2005

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Duas leituras

Duas leituras no Leituras...

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sábado, dezembro 24, 2005

 

A Nebulosa do Caranguejo, dez anos-luz de maior diâmetro. Resultou da explosão de uma super-nova vista da Terra em 1054... d.c. Posted by Picasa

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Feliz Natal para nós três, e mais três... e os restantes.

O desejo de um bom Natal é hoje em dia uma antecipação da despedida do Ano Velho, despojados que estamos em boa verdade do conteúdo real do desejo expresso.
Primeiro, sabemos de uns e de outros que o ritual natalício decorrerá mais ou menos seguindo as mesmas habituais normas de reunião familiar, aproximadamente os mesmos pratos, possivelmente um carrulo de presentes parecido. É isto o Natal, e vai correr no geral bem a toda a gente. Hoje por hoje, a grande indecisão estará em abrir os presentes na manhã do 25, ou já trocar-los a 24 de noite.
E porém, e chego assim aonde quero chegar, um número importante de pessoas hoje à noite dirigir-se-á a uma igreja para assistir à celebração da missa do Galo.
Há aprox. 2009 anos (Herodes morreu a -4 a.c., sabe-se hoje) nasceu uma criança que, pelo fogo da palavra, sua ou atribuida, operou prodígios. Ainda hoje muito do que por Ele terá sido dito e feito alimenta o nosso quotidiano, as páginas dos jornais ou rege o nosso dia-a-dia. Feriados, pensamentos, máximas, raciocínios morais, divisões e reuniões. O ano ocidental é o ano cristão sobreposto ao tradicional esquema das estações que o clima europeu temperado desenha. Em consonância com esta omnipresença, muitos não abrem mão desta possibilidade – diz-se que essa criança foi o Filho de Deus – e declaram-se “crentes não praticantes”, e isto porque à volta do acontecido de -4 a.c. até 30 d.c. construiu-se uma religião. E o que é uma religião?
Uma religião, e fiquemo-nos pelo artigo indefinido, é o contar de um acontecido, tendo habitualmente um conjunto de textos onde acontecem histórias, parábolas, e onde, pelo caminho, se explica como nasceu o mundo que nos rodeia e o Homem. A partir daqui, e existindo sempre em comum um nível divino que dialoga através de intermediários, surgem outras duas respostas a saber: porque Existe o Homem, e como se deve comportar. Como diria o Spike Lee, “ Do the Right Thing (How To)”.
Hoje em dia não têm nascido muitas religiões novas, talvez em parte porque às primeiras duas perguntas, pelo menos para este lado do Atlântico, a ciência já deu muita resposta. Quando chegamos à fase do Big Bang e antes, encolhemos os ombros. As duas perguntas seguintes essas continuam sem resposta certa. E, como explicou George Steiner, nunca como antes um século como o XX colocou tanto em dúvida a utilidade da existência da espécie humana. Claro que, podemos sempre pensar: sem o Homem tem lógica que Deus exista? O Bem e o Mal, Luz e Trevas. Esta é a eterna questão: como existe Deus se o Mal não cede presença. Mas também: consegue o Homem só por si conceber o Bem?
Há 2009 anos terá nascido um Homem que, Ele ou alguém por Ele, criou das melhores aproximações à definição perfeita do que será o Bem, a improvável linha recta, o momento único em que caminhar sobre as águas se pode. Divino? Não sei. Humano me parece, mas a qualidade das suas respostas (ou sugestões...) seria tão grande, que a criação da religião à sua volta terá sido uma inevitabilidade. O Mal que esta religião depois produziu, um pouco por toda a parte, um pouco em todos os tempos, pode ser, simplisticamente prova apenas da Humanidade de quem afinal terá morrido, e culpado não pode ser pelo que em Seu Nome foi e é feito. E será isto tudo.
Pedem-me rituais. Em quem em verdade os viva, aceito. Não eu. Querem rituais? Um destes dias até volto a ler a Bíblia, quem sabe... Como um ritual, mas dos bons...
E lá por cima há um... céu maravilhoso, sobretudo se visto de Lamas de Mouro ou de Castro Laboreiro em dias de Lua Nova, que nos explica o quão pequenos e insignificantes nós somos, nós os biliões, os duzentos à hora, e que raramente fazemos o que quer que seja que realmente valha a pena. E lá em cima percebemos que o nosso olhar maravilhado pode ser um bom começo para nos apercebermos da urgência de nos tornarmos apenas... Formidáveis! O Caminho, portanto.
Parece o fim duma estória da Mª Alberta Meneres e é, será, não me importa. Olho para trás e só isso tenho na minha vida, as pessoas Formidáveis que já conheci. E continuam a aparecer, por aqui, por ali... algumas até, serão médicos! O impossível possível! Ah, e uma família, e a minha filha. Mas noutra conversa, ok?
E Deus? Vamos pensar em Deus: pensará ele em mim? De certeza a Nebulosa do Caranguejo ou a NGC 4567 lhe dará muito mais que fazer (aquelas colisões estelares, etc.) do que as minhas indigestões e impropérios... Suponho que de vez em quando, em algum descansinho, se ria um pouco com alguns dos meus passes humorísticos para sobreviver às mínimas contrariedades que vividas são como cataclismos. E bom proveito, não me importo, podes rir-te à vontade. Li hoje num livro na Lello (compras de Natal...) que o Deus do Novo Testamento é um Deus que não ri, que não tem sentido de humor. Discordo. Não é para rir, aquela história da igreja ser construída sobre um mestre da mentira(S.Pedro, as negações, ok...)? Só um Deus para prever assim o futuro...
Tinha que acabar assim, em blasfémia e pecado (outra conversa...) mas, meus amigos, um Santo Natal e na companhia de quem se quer Bem é realmente o que eu vos desejo.

Portanto... Posted by Picasa

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Paul Klee

 

O meu pintor do século XX. Humilde nos meios, nos métodos, discreto nos resultados. Nas antípodas do ruído de por ex. um Picasso. E não tem um quadro, um desenho que seja mau. Poesia pura. Pintura sublime. Posted by Picasa

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sexta-feira, dezembro 23, 2005

LaCama e a Divisão Azul

 

Na Calle División Azul nº 8 de A Coruña fica um "smoke free coffee shop" que dá pelo nome de LaCama. Pertence a uma amiga argentina de uma amiga nossa, e é um espaço lindíssimo. Tem não só a obrigatória cama como também muitos outros detalhes decorativos que indicam re-visita obrigatória. Por ex., o tecto do wc masculino, isso mesmo, enquanto segurais a... porque não uma visão pastoril! Já agora, até ao fim do ano, julgo ali estão em exposição fotografias dessa nossa amiga. Muito bonitas, por cierto.
Mas como a cabeça não pára, logo perguntei: "Divisão Azul? Que Divisão Azul?" Parece que na 2ª Grande Guerra, mais de quarenta mil espanhóis, a maioria voluntários, juntaram-se aos alemães na invasão da Rússia. Tendo em conta o desfecho, quatro mil morreram, mais de oito mil feridos. Dois a três mil não quiseram voltar. A maioria sim. Foram muito bravos, têm uma fundação que perpetua a sua glória. E uma rua na minha cidade adoptiva. Como se pode ver pela fotografia, iam preparados para o frio... Posted by Picasa

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COPE

A Cadena COPE é a Renascença de Espanha, mas bem pior. Anteontem, por encomenda do programa da manhã da COPE, um humorista telefonou ao recém-eleito Presidente da Bolívia, Evo Morales, um índio, fazendo-se passar por Zapatero. Morales acreditou e referiu-se ao telefonema numa entrevista no dia seguinte, que Madrid desmentiu. Chama-se a isto "fazer pouco do preto", versão latinoamericana, e é grave, porque é faltar ao respeito ao país mais pobre que a Espanha produziu, nas suas aventuras coloniais (perdão, esquecia-me da Guiné Equatorial...). Losantos, porque não telefonas ao Bush, hã? Talvez acabes na Macedónia, a ver se aprendes...

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quarta-feira, dezembro 21, 2005

Existência(s)lismos

Novos:
Ballantine's /
J&B //
Highland Clan /
Johnnie Walker Red Label /

Velhos:
Chivas Regal 12 //
Cutty Sark 12 /
J&B 15 ////
William Lawson's 18 /
Ballantine's 12 /
White & McKay 15 /

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O costume

Caro Pedro:
No duplo CD do Sakamoto que me emprestaste, "Audio Life", de 1999, e que, ouvido ainda só à superfície me parece ser muito bom, existe a declamação de pelo menos um texto (pelo músico Fernando Aponte) "in spanish".
Não é, é catalão.

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O rio Porto. Posted by Picasa

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Férias - dia nove parte dois

 

A "Ponte Celta" fica em Porto de Cima, a uns quilómetros de Castro Laboreiro, em estrada que deriva da que leva à nova fronteira com Espanha. Fica em pleno planalto, uns kms mais e a língua deriva para o galego. O planalto abate um pouco, dum lado Porto de Cima, e do outro Porto de Baixo, duas aldeias bem conservadas, sem mais. Vivendo de e para a terra mais seu gado. E por ali o rio Porto, e sobre ele esta ponte arcaica, dita "Celta". Que o não será e sim centenária, como as pedras do caminho, debruadas a esterco e água e esterco. Logo acima no lavadouro da aldeia batiam-se uns lençóis, logo abaixo da ponte está ainda o sítio onde as mulheres se metiam na água até aos joelhos para lavar a roupa, percebe-se que ainda há não muitos anos. A toda a volta, o planalto. O gado reclama pela hora, é tempo de voltar a casa. E nós, ao voltarmos lentamente ao hotel, saudámos gentes e cães e vacas e bois e ovelhas e um sol que desaparecia para lá do castelo a marcar o fim do dia útil. Logo se fez noite. Jantámos no Monte Prado, sítio também de bom comer. E no dia a seguir casa, com outras peripécias, mas sem interesse. Fim. Posted by Picasa

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O Rui a jacto

 

La tienes grande? O mas bien mediana? Así de grande? O Rui só existe a reacção, que é como quem diz, reactivo. E a culpa é sempre do Outro, de preferência governamental. Vejam por ex. esta história idiota do lixo. Como mientes, tio, la tendrás bien pequeña... Posted by Picasa

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domingo, dezembro 18, 2005

Mais um Livro...

Vinte anos depois, li o "Adeus Princesa", da CPC. Vidé Leituras...

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sexta-feira, dezembro 16, 2005

 

O rio Mouro em Lamas de Mouro. Posted by Picasa

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Férias - dia nove parte um

 
Levantámo-nos tarde. Passámos pelo parque de campismo de Lamas para conversar com o dono, mas não estava ninguém. Aproveitámos para passear um pouco por entre as árvores, ladeando os riachos. Vimos imensos Amanitas, como o da fotografia. Depois seguimos para a Peneda, para almoçar no Hotel da Peneda, recém-inaugurado, gerência Sonae/Solinca. As instalações são diversificadas e aparentemente óptimas. O serviço foi péssimo, de tão amador e incapaz. Prato havia três, sobremesas duas. Tudo muito médio. Isto numa decoração impoluta. Entretanto, cá fora, a venda de bugigangas prosperava, era fim-de-semana. A Catarina foi comprar um pião de 2 euros e meio com 3. Voltou sem troco. O pai foi protestar "Ah, enganei-me!" Em frente ao hotel uma tampa de saneamento regurgitava águas fecais para debaixo dos carros, resultado provável das enxurradas dos dias anteriores. Fui mencionar o facto à recepção: "bom, costuma ser a Câmara a tomar conta desses problemas..." Bom, o tipo não se importava que na entrada do restaurante e do hotel cheirasse a merda. Voltámos pelo Campismo, tomámos um café com o dono, pois estávamos a despedir-nos daquelas paragens. Um cão castro laboreiro saltitava à nossa volta. Decidimos ainda fazer uma última expedição. Posted by Picasa

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quinta-feira, dezembro 15, 2005

Orçamento para a Europa

Blair is as good as dead. Senão vejamos este artigo do Guardian: http://www.guardian.co.uk/eu/story/0,7369,1668402,00.html Escrevi bem de Blair após o discurso referido neste artigo. Depois fiquei à espera. E nada aconteceu.

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Conrad

Heart of Darkness. "...the horror, the horror." Hoje lembrei-me de Conrad. E senti-me a subir o Congo em direcção ao horror. Hoje pensei pela primeira vez - juro - porque se chamava assim o cujo filme: "Apocalipse Now". É que é agora. Está a acontecer. É hoje.

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Obrigado, Rajoy

A família de um amigo meu foi maltratada em Madrid por ser catalã, não o negar, e falar catalão entre si. Mal vai Espanha. Zapatero insultou Rajoy depois de este imbecil o acusar de ter negociações secretas com ETA. "Como se explica que ETA no siga matando"... ou algo assim. Espanha não está bem.

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Scarlett. Posted by Picasa

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A tão falada Europa. Posted by Picasa

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O que vai acontecer aos Ursos Polares com o degelo da calote Árctica? Afogam-se.  Posted by Picasa

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Mais sobre Stanley Williams

Ler este artigo do LA Times; http://www.latimes.com/news/local/la-me-lopez14dec14,0,6640967.column?coll=la-home-headlines

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quarta-feira, dezembro 14, 2005

Esclarecimento Urgente

Por PB queria eu ontem dizer Paulo Bento.

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Schwarze-nigger

Os editoriais do Público ganham quando escritos por Nuno Pacheco. E este jornalista hoje resumiu o que se pode pensar sobre a execução de Stanley Williams no estado da Califórnia (gov. A. Schwarzenegger), por 4 assassinatos cometidos há mais de 20 anos. Ele sempre negou a autoria, as campanhas a seu favor também, os familiares das vítimas dizem que finalmente justiça foi feita.
Não interessa se este homem matou ou não. Two wrongs don't make one right.
E mais importante: este homem, condenado à morte e portanto com destino traçado, arrependeu-se, ganhou uma nova vida, tornou-se, dizem, "um exemplo", tendo sido nomeado para o Nobel da Paz várias vezes! Portanto, matou-se em 2005 o homem de 2005, pelo homem que ele tinha sido em 1981.
Os exemplos que Nuno Pacheco usa (Bush, ex-alcoólico, Barroso, ex-maoísta) são claros e óbvios.
Mas mais tem que ser dito, e aqui lembro George Steiner quando diz que a Europa é a herança de duas cidades, Jerusalém e Atenas, unificando no pilar de Jerusalém uma história judaico-cristã. Não concordo. Recriando um velho raciocínio simplista que, por o ser, negado não foi ainda que eu saiba, a tradição judaica do Antigo Testamento é a da retaliação e da medida justa, o célebre "olho por olho, dente por dente". Spielberg debruçar-se-á ou não sobre isto (como o fará?) no próximo filme "Munich". Mas a tradição cristã é a da remissão dos pecados, da possibilidade do arrependimento, da regeneração sempre possível baseada no amor e no reacerto de um caminho. Aqui não é Jerusalém a falar, se calhar Jesus seria itinerante, ou então Paulo, será então Antioquia por ex., mas na forma mais púbere do cristianismo, aqui estava a rocha para nos agarrarmos em tempos impuros, em tempos exaustos.
Bush será um crente, e fervoroso. Como eu não sou. Na tradição judaica, creio (Bush). Mas não seguindo uma linha cristã. Não matarás. Isto, tanto quanto eu sei, é cristão, não judaico. E isto é o essencial, ou um deles.
Quannto a Schwarzenegger, assinou a sentença para segurar o eleitorado.

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PB

O Sporting vendeu, e agora vai ter que comprar. Mas não estou a ver grande fio de rumo... A embrulhada da defesa tem que ser resolvida já... e renovar com Polga é uma prioridade?... O meio-campo deve ganhar peso e capacidade de luta, neste momento só tem meninos (J Alves, J Moutinho, Nani) e o pai deles (Sá Pinto); pôr o Sá Pinto a suplente é um must (aliás Beto idem, ou vendê-lo). O novo capitão será claramente o Custódio. À frente decidir de uma vez por todas se se quer o levezinho ou não: Deivid não poderá portanto sair... Ah, e já têm substituto para o Rogério?

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Fauna Ibérica

Um saúdo ao blog de um amigo da natureza que também é nosso amigo. Uns simpatizam mais do que outros, outros ainda militam com discrição por boas coisas/causas, etc. Como este blog. Ah, e fotografia muito boa.

domingo, dezembro 11, 2005

Mais um livrito

Ir a Leituras do Médico...

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Eyes Wide Shut - take two where we go all the way...


Tentando resumir e chegar ao fim sem contar demasiado...
Eyes Wide Shut é um filme, o último filme de Stanley Kubrick. Tem como actores principais o então casal Tom Cruise/Nicole Kidman. E é um filme sobre o sexo e o que fazer com ele.
O casal em questão consiste num médico de algum sucesso nova iorquino e a sua esposa ex-galerista de arte, agora desocupada. Têm uma filha. Parecem entender-se bem. Tocam-se. A nudez de Nicole Kidman explana logo de início a gramática de um filme onde, ao contrário do que se pensava, o casal-sensação não tem qualquer cena mais íntima.
O contraponto neste filme, desenhado em algumas cenas-chave, é o personagem criado por Sidney Pollack, aqui actor. Um rico novaiorquino, que tem Tom Cruise como seu médico (um criado, portanto). Que ora recebe os convidados de uma festa no hall com a esposa ora despede semi-morta uma prostituta 15 minutos depois, no 1º andar. O sexo como comida, acto reflexo, transformado para o dialecto da grande cidade. O sexo como inevitabilidade, coisa irrevogável, súbita, comandante e não comandada. Como Tom Cruise aprende (?) ao descobrir uma fantasia pretérita de Kidman, pela qual quase a teria perdido, anos antes. O homem da vida dela, coisas que não existem, o que sou eu então, Tom Cruise redescobre que o mundo tem fome, e que às vezes não se sacia da mais nobre das maneiras. E ele, também tem vontade de comer, alguma pelo menos parece, o que no seu caso equivale a sair de casa pela noite escura. Onde uma cena acontece com a qual Tom Cruise acaba dentro de um palácio prisão de orgias para senhores da alta-roda. Momento do filme de discutível gosto, mas onde a Tom Cruise lhe é lembrado o seu lugar na hierarquia da selva: animais somos e tu és nada, quase nada. E a ninguém contamos a verdade - a mais possível hipótese de engate e flexão extra-conjugal, uma simpática rapariga de rua, esqueceu-se de avisar que era HIV+ provável/certa. Na selva não se pode fazer bluff por muito tempo: eles entram na tua casa, farão da tua família o que tu não queres, isto descobre Tom Cruise, a máscara palaciana pousada ao lado de Kidman que dorme. Tom Cruise conta tudo, apavorado.
No fim é Natal, deixamos a criança escolher os seus brinquedos, e por entre os objectos de make believe, é Kidman a reduzir esta história ao mínimo múltiplo comum: sobrevivemos e temos fome, mesmo se somos pequenos. Vamos fazer assim, eu como-te a ti, tu comes-me a mim: "Let's fuck !".
Filme moralista? Se acham que é isto um grande elogio à fidelidade... Posted by Picasa

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Kidman


Kidman? Bela, great ass, alguns momentos de representação imperial. E termina o filme dizendo: "Fuck!" Posted by Picasa

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Cruise


Cruise? Pequeno homem perdido em elocubrações sexuais demasiado grandes para o seu provável pequeno.... Muito exposto, Cruise está aqui ao contrário do costume: desajeitado, desajustado, vazio, inútil. Dispensável, tanto que num determinado momento quase o matam sem mais. E que bem ele representa isto tudo, afinal! Reparem que médico: só palavras e mãos, este homem não é um médico, é um mágico de 2ª apanha, perdido em Nova Iorque. Este filme não é Scorcese "After Hours", é Kubrick Lynch-like, mas Tom Cruise é aqui também, como no filme de Scorcese, o epítome da impotência. O que para um filme sobre sexo, es mucho decir. Posted by Picasa

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Eyes Wide Shut - take one


Desconheço as razões da separação entre Nicole Kidman (NK) e Tom Cruise (TC). O que eu sei é que, através de Stanley Kubrick (SK) e do filme Eyes Wide Shut (EWS), deixaram para a história do cinema mais um par com história. Eyes wide shut: olhos abertos de para em par, mas fechados. Ou que nada conseguem ver. Quem são TC e NK? Neste filme ou na vida real? Na vida real eram a realeza de Hollywood. Aqui neste filme, ele é médico, ela a sua esposa. Logo no início aparece a nudez de Kidman, a preparar-se para sair. T�m uma filha de 7 anos, que ficará com a ama. Em três ou quatro frases e gestos, percebemos que estão casados há muito tempo, que julgam e navegam na ideia de estarem bem um com o outro. E Kidman, enquanto TC lhe apalpa o seio, mede o espelho. A festa é de Sidney Pollack (SP), que quando é actor costuma ser muito bom. Aqui é uma espécie de mecenas de TC. Médico, ter-lhe-á... salvo a vida? Feito um favor?
Chegamos à festa e o nosso par rapidamente se perde um do outro. Casualmente? Não? A iluminação desta primeira meia hora de filme lembra muito Shining, ao ser excessiva, monótona, quase no limite da tortura. O baile roça o sonho de Jack Nicholson, com NK a ceder aos vapores do champanhe. TC e NK quase nos aborrecem com os seus flirts inconsequentes. E no meio SP chama TC ao 1º piso: uma call girl injecta speedball enquanto estava com SP, e fica inconsciente. E ele? Não viu? Não lhe interessa? No piso abaixo tinha-os recebido com a esposa ao lado. TC aqui começa a não entender, mas cumpre o seu papel, que é pequeno, constata que ela só está muito, como diríamos, decaída, e pronto. Temos um novo herói malgrait lui. Desce e ao piano apercebe-se que está um ex-colega de faculdade que agora é pianista. Muito male bondage, depois nos vemos. E voltamos para casa.
Em casa NK vai à caixa Band-Aid e retira daquilo com que se faz um charro. TC e NK deixam deixas sobre o baile anterior. O que queria aquele húngaro de ti, NK? Comer-me, claro. A assumida confiança na fidelidade de NK por parte de TC exaspera-a (sempre na América o haxixe serve de catarse nos filmes, podia-se escrever um livro sobre isto). E conta a TC uma fantasia vivida há anos numas férias em Cape Cod, onde estavam os dois, já com uma relação estável. NK terá trocado olhares com outro homem, um oficial da marinha, e o fogo desse olhar chegou para ela pôr a hipótese de abandonar tudo, o que não aconteceu apenas porque não houve outro olhar. TC fica transtornado.
Poucos homens assumirão de bom grado não serem o ideal de sua esposa, com ou sem cavalo branco. Neste filme TC e NK nunca farão sexo, ou amor, chamem-lhe o que quiserem. Houve quem na vida real falasse dos dois como um "white wedding". Mas a partir deste momento a imagem sonhada de uma NK possuida por um galante oficial da marinha persegue TC noite e dia. E faz andar o filme.
TC recebe uma chamada tem que sair. A mais estranha verificação de óbito acontece. TC conhece a filha do morto, que era seu doente. Provavelmente demasiado bem. Primeiro ela diz-lhe que vai casar, depois que não se quer separar dele. Apaixonadamente. "Mas, se apenas mal nos conhecemos..." O penteado da filha do morto lembra curiosamente o de NK, embora ela tenha uma cara mais ansiosa, e mais cheia. E chega o namorado. Um misto de TC e Christopher Reeve, antes do acidente, claro. TC mente?
TC despede-se, sai para a rua. Um bando de rapazes empurra-o e chama-lhe paneleiro. A velha questão? É TC homosexual? Quanto já se escreveu sobre. A rua não parece ser o meio de TC. Porque o episódio seguinte, com uma prostituta não demonstra grande maestria. Após um beijo, NK liga-lhe para o telemóvel. O anticlímax deriva em nada, e TC deixa à menina 150 d�lares. Uma coisa que atravessa o filme é TC a exibir dinheiro, a resolver pequenos nadas com dinheiro. E agora? Vamos ao bar do amigo da faculdade. Após umas cervejas, este conta-lhe dumas festas orgiásticas, onde toca piano de olhos vendados. Todas as noites num sítio diferente. Cerveja puxa cerveja, a chamada acontece e TC obtém a palavra-passe para a festa dessa noite, e o endereço.
E continua a abrir portas com dinheiro: como uma loja de aluguer de roupas de fantasia (TC quer ir à tal festa, um baile de màscaras veneziano com sexo). Por umas centenas de dólares o Sr. Milich arranja-lhe smoking, fato e m�scara. Aqui um fait divers acontece com a filha do sr.Milich e dois orientais, uma espécie de interlúdio felliniano novaiorquino. E vai para a tal festa de táxi (como? Você disse táxi?). Fidelio é a palavra passe, e a ela voltaremos no fim de tudo. O cenário é veneziano, já se disse, mas percebe-se que TC destaca dos outros intervenientes. Serão muitos, mas as cabeças serão contadas. O sexo é porno não complicado, e os mascarados vão passeando por aqui e por ali, vendo, escolhendo. Uma das prostitutas avisa-o uma e outra vez. Porquê? TC não atende. É desmascarado e convidado a despir-se. A prostituta aparece e "redime-o" assumindo a sua culpa. Porquê TC nunca saberá, pois é expulso da festa sem mais. Longa e escultural como a mulher que deixou em casa a dormir, ter-se-á apaixonado por si num só olhar, ao ponto de se sacrificar e presumivelmente por a sua própria vida em risco? TC não percebe, não entende. Assume-se ser a prostituta drogada que aparentemente salvara dias antes. Mas o filme nunca nos dará o prazer de uma confirmação. Aparecerá morta no dia a seguir. Mais não conto EWS é um filme a ver apaixonadamente. Mas onde está a paixão neste filme? Posted by Picasa

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C Brown


Carlinhos Brown é a parte negra dos Tribalistas. E esta afirmação é e não é importante. Porquê? Dos três "tribalistas" C Brown é o compositor mais versátil, mais adaptável, mais flexível. Samba, afro, reggae, bossa, pop rock, tudo já valeu. Mas quem é Carlinhos Brown? Nascido em 1962 no Candeal Pequeno, Salvador da Bahia, muito cedo se tornou percussionista afamado e requisitado por músicos dentro e fora do Brasil. No final dos 80 C Brown era mais um segredo que já não era. Todo Brasil tinha trauteado "Meia Lua Inteira", sua 1ª canção de grande fama, cantada por Caetano. Depois, no mesmo ano, uma participação num disco de Sérgio Mendes deu a conhecer este bahiano aos USA..
Em 1990 apareceu em disco o projecto "Timbalada", com dezenas de percussionistas do Candeal, um êxito imediato. Os 1ºs discos de Daniela Mercury têm a sua colaboração, mostrando a sua proximidade ao axê. Em 1996 o primeiro disco solo: "Alfagamabetizado". E finalmente começa Marisa Monte a usar canções de C Brown, em "Cor de Rosa e Carvão" um monumento musical de subtileza e charme: "Segue o Seco". Marisa Monte produz o 2º disco de C Brown "Omelete Man", por isso um pouco mais pop, e talvez mais acessível.
C Brown carrega o Candeal às costas, e patrocina projectos musicais, de inserção social, de re-construção de casas, etc. Em 2002 o êxito "Tribalistas" com Marisa Monte e Arnaldo Antunes.
Eis C Brown, hoje por hoje, com Caetano e Chico em pousio, o compositor de mùsica popular brasileira mais importante vivo, digo eu. Que eu saiba, Adriana Partipim nunca gravou Carlinhos Brown. Too black, I suppose.

Estamos a ultimar uma selecção C Bown para os amigos. Prenda de Natal a pensar já em Fevereiro...
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sexta-feira, dezembro 09, 2005

Harold Pinter Nobel 2005

Este Irlandês do teatro recebeu o Nobel da Literatura via vídeo, por doença. Mas não foi peco nas palavras: Bush e Blair os grandes objectivos. E faço minhas as palavras de:

"As every single person here knows, the justification for the invasion of Iraq was that Saddam Hussein possessed a highly dangerous body of weapons of mass destruction, some of which could be fired in 45 minutes, bringing about appalling devastation. We were assured that was true. It was not true. We were told that Iraq had a relationship with Al Quaeda and shared responsibility for the atrocity in New York of September 11th 2001. We were assured that this was true. It was not true. We were told that Iraq threatened the security of the world. We were assured it was true. It was not true."

...

"The invasion of Iraq was a bandit act, an act of blatant state terrorism, demonstrating absolute contempt for the concept of international law. The invasion was an arbitrary military action inspired by a series of lies upon lies and gross manipulation of the media and therefore of the public; an act intended to consolidate American military and economic control of the Middle East masquerading – as a last resort – all other justifications having failed to justify themselves – as liberation. A formidable assertion of military force responsible for the death and mutilation of thousands and thousands of innocent people."

...

"How many people do you have to kill before you qualify to be described as a mass murderer and a war criminal? One hundred thousand? More than enough, I would have thought. Therefore it is just that Bush and Blair be arraigned before the International Criminal Court of Justice. But Bush has been clever. He has not ratified the International Criminal Court of Justice. Therefore if any American soldier or for that matter politician finds himself in the dock Bush has warned that he will send in the marines. But Tony Blair has ratified the Court and is therefore available for prosecution. We can let the Court have his address if they're interested. It is Number 10, Downing Street, London."

Não tenho nada a acrescentar, embora no que diz respeito a Blair, sinta alguma pena/mágoa/não sei... Mas as coisas são o que são.

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O Cofre

É mesmo mesmo interessante, este concurso ancorado pelo sportinguista Jorge Gabriel. Revela bem o actual perfil dos concorrentes que a pan-urbe portuguesa manda à televisão: um cambada de ignorantes. Longe longe vão os tempos dos papa-concursos, pessoas tão admiradas quanto invejadas e temidas, pela enciclopédica sabedoria, às vezes também um pouco cega é certo, coisas de outros tempos.
Agora não. Não sabem e não têm vergonha disso. Dão as respostas mais estapafúrdias, e sorriem.
Outro detalhe: aqui toda a gente tem e é identificada pelo seu emprego. É este portanto um cioncurso que não tem dó dos desempregados, uma percentagem a subir, consta, na nosaa sociedade. Ouviremos algum dia alguém dizer: "sou técnico de, bom agora estou no desemprego..."

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Saltar e pular. Posted by Picasa

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A Peneda e a Branda das Busgalinhas. Posted by Picasa

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Água, água, água. Posted by Picasa

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Fim da tarde, hora de recolher. Posted by Picasa

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Também. Posted by Picasa

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Palha como tecto. Branda das Busgalinhas. Posted by Picasa

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Férias - dia oito


Conseguimos finalmente um dia limpo por inteiro. E aproveitámo-lo para almoçar no campo (Ecomarché Melgaço abasteceu) e por isso seguimos indicações do nosso amigo do Campismo de Lamas de Mouro. Chegados ao cruzamento de Lamas de Mouro metemos pela indicação Branda da Aveleira. Mas não estávamos preparados. Não, não estávamos. Este bocado de estrada, estreita e silenciosa, aborda a Peneda por oeste, por uma zona onde até há pouco tempo não chegava carro. A Peneda aparece-nos à esquerda, imponente. Não tenho fotografias, porque não calhou, mas também quase por medo. Mato baixo, pedregulhos, garranos, e um carro a circular lento, o nosso. Dos caminhos mais bonitos que eu já vi. E fazê-lo em automóvel: quase um sacrilégio. Chegados ao cruzamento do Batateiro, seguimos indicações para sul, e pouco depois, começamos a acompanhar o vale do rio Pomba. E chegámos a uma aldeia, S. Bento de Cando, uma antiga branda. Aqui a Scenic saiu do asfalto e meteu para a Branda das Busgalinhas, que estava uns dois km acima. Parámos, não víamos ninguém. Um pequenino planalto fértil, em anfiteatro para as montanhas, bois e vacas a pastar por aqui e por ali. Não estava abandonada, a aldeia, havia obras nesta e naquela casa. Os caminhos percebia-se serviam para as águas da chuva, e drenagem dos animais ao fim da tarde. Almoçámos por ali, demos lentamente a volta �à aldeia, os olhos arregalados. Por fim (entardecia cedo) os animais, com ou sem a ajuda de gente, começaram a encaminhar-se para os currais. Todo um fenómeno. A Catarina estava electrizada. A montanha viva. O dia ganho. Já com pouca luz descemos até Tibo, uma aldeia mais a sul e que fica no enfiamento da junção entre os rios Peneda e Pomba. A mole granítica que tínhamos rodeado acabava ali. Vía-se. Voltámos ao hotel. Posted by Picasa

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