quarta-feira, novembro 30, 2005


Os aventureiros descuidados Posted by Picasa

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A descida para o rio. Posted by Picasa

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Os cogumelos. Posted by Picasa

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O Rio Minho. Posted by Picasa

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Férias - dia seis ponto três


À noite decidimos ir jantar a Valença, dentro da fortaleza. Entrámos. Quase ninguém nas ruas: Valença à noite é uma terra-fantasma. Os primeiros três restaurantes que vimos estavam fechados. Consegue-se assim apreciar melhor a arquitectura de pequena burguesia da vila, o azulejo, as empenas, o ferro forjado. Mas tínhamos fome, e era tarde. Sim, voltámos a jantar no Solar do Bacalhau, o único restaurante aberto. E que tinha um jantar de aniversário de uns amigos dos donos. Por isso aberto? Imediatamente antes íamos apanhando com um saco de lixo na cabeça, atirado de uma janela por cima, de casa com brasão, hábito provavelmente medieval (que bem!) mas nada nobre de quem mora num 2º e não se digna descer à rua quando ouve o barulho do carro do lixo a aproximar-se. "Porcalhões!" Posted by Picasa

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terça-feira, novembro 29, 2005

Férias - dia seis ponto dois


Agora no sentido de hoje, nestes dias, em contraponto a há alguns anos. Mas para começar fomos almoçar à Adega do Sossego, ali mesmo no Peso. Na rua de acesso está o passado de uma estação termal: Repete-se aqui o cenário de outras termas portuguesas: hoteis e pensões de razoável estampa, arruinados. E ao lado uma Albergaria Boavista, a prometer boa comida e "piscinas" (!). Em frente o nosso destino. Sobe-se por umas escadinhas, a sala é pequena, e é-se muito bem acolhido. É o salmão peixe ingrato para quem o prepara, pois fácilmente faz jus à sua fama de peixe seco e monótono. Não aqui, pelo contrário. E boas entradas, e bom vinho, e creio lembrar-me ainda de boas sobremesas.
Depois, a pé, lá fomos visitar o parque. Que está recuperado sim senhor, os meandros aquáticos já disfrutando de água e não poças de lama como antes. E a fonte principal, recuperada (e fechada por não ser época termal...) O balneário de hoje é um pavilhão pre-fabricado ao lado do de antes, este em decomposição acelerada. Por trás nota-se que a Unicer tomou conta destas águas. Esperemos que para bem, e que a fortuna da fonte principal se estenda aos demais edifícios, e ao Peso como um todo. Posted by Picasa

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domingo, novembro 27, 2005

Férias - dia seis ponto um


O dia anterior tinha terminado no Panorama, pequeno restaurante situado no novo Mercado de Melgaço. À noite "panorama" não havia, que dizem ser bom, mas sim um excelente menu de entradas, e um bom serviço.
O dia seguinte continuou nublado. Decidimos tentar a descida até ao rio Minho. Ao sair do hotel, e depois da rotunda que dá acesso ao Centro de Estágio, à direita existe um parque de merendas. Dele parte uma rua empedrada onde não parece passar carro, que vai descendo até ao rio. O bosque é muito agradável e riquíssimo em cogumelos, multiplicados pela humidade ambiente. O coberto vegetal é variado, sítio para merendas há bastante, durante toda a estadia não vimos vivalma. E chegámos ao rio. Rio que separa, rio que compara e une. Em perpendicular à margem pontões semiarruinados que devem ter servido para redes de pesca, e pontos de apoio para o contrabando fluvial. Saltámos Catarina e eu para um, a corrente era forte, tive alguma dificuldade em mandar a criança de salto outra vez para a margem. Inconsciências...
Após longa sessão fotográfica micológica, seguimos para o Peso de Melgaço no sentido de almoçar por ali. Há anos tínhamos visitado o parque termal e o mesmo encontrava-se então muito abandonado. E agora, como estaria?
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sábado, novembro 26, 2005


E Tui logo ali! Posted by Picasa

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Pois... Posted by Picasa

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Valença a olhar para Tui. Posted by Picasa

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sexta-feira, novembro 25, 2005

Férias - dia cinco ponto dois


A fortaleza cheira-me a séc. XVIII e está imaculada. As vistas são imponentes, por entre brumas e morrinha. O cabeço de Tui, o Minho espraiado, as pontes, o campo, o monte Faro e demais irregularidades dum e do outro lado. Terras aqui irmãs como em nenhum outro lado. E irmãs na gula: dos lençóis, do bacalhau bem cozinhado. Não encontrámos uma sapataria decente dentro da fortaleza. A minha esposa, que conhece Valença melhor do que eu dizia que antes, mas agora... A fortaleza especializara-se cada vez mais em...
Almoçámos no Solar do Bacalhau, razoavelmente. A lembrança do bacalhau com broa do dia anterior ali estava, daí a palavra "razoável". Bom serviço, bom Alvarinho. Descemos depois à Valença extra-muros e perguntámos por uma sapataria, que lá apareceu. Dois pares de botas foram assim comprados, e a bom preço.
Antes, e depois de almoçar, dera-se uma volta pelas muralhas, rodeando a pousada de S.Teotónio e saboreando as vistas. Como ruído de fundo o das pessoas atarefadas à distância de uma rua. Mas era pouca a companhia, um par de namorados, umas irmãs espanholas, nuestras hermanas portanto... a frontaria alta de casario que Valença apresenta de frente para Tui é de orgulho. A rivalidade tem 800 anos. Ficou decidido: a Valença temos que vir um dia de noite.
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Férias - dia cinco ponto um


Quarta-feira ainda chovia. Decidimos então alterar o roteiro e ir a Valença comprar umas botas à Catarina, por ela se queixar das ferraduras em uso. E lá fomos. Valença, conhecida do outro lado da fronteira como a "Fortaleza" e que começou por chamar-se Contrasta, existe porque existe Tui do outro lado do rio. Tui é a capital histórica, filogenética do Baixo Minho, dum e do outro lado da fronteira. Valença existe como posto militar contrastante com a histórica capital de uma antiga província galega. Histórica sim, basta subir até à catedral. Histórica e parada no tempo.
E Valenças há umas quantas. A extra-muros, horrível de tão feia com excepção de dois ou três edifícios, uma extensão do centro comercial que está intra-muros, e porque lá dentro não cabia mais. Porque o coração da vila ainda é lá dentro. São poucos os rés-do-chão não comerciantes. O som é castelhano acentuado à galega, galego aqui e ali, um que outro português. Inexplicavelmente há quem entre de carro na fortaleza. O ambiente lembra Custóias, a feira que não a prisão. Grita-se dum para o outro lado da rua. Ruas que são estreitas, casario que é antigo, mesmo à portuguesa mas não pobre, azulejo, remates e janelas encaixadas em granito, telha portuguesa, etc. Património defendido para que se veja e para que se venda o atoalhado, o anorak, a lingerie. Por entre os comércios restauração variada chama quem já tenha fome. A fortaleza consiste realmente em duas ligadas por um pontão. O sector mais pequeno, chamado a Coroada, está em obras e parece que se via transformar quase só num neologismo de casas pequenas com ruas lajeadas como se a Polis de Matosinhos fosse para ali chamada. Seguimos.
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E a descer até ao rio Peneda. Posted by Picasa

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A água a passar sob o hotel do santuário. Posted by Picasa

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Outra vez a cascata... Posted by Picasa

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A cascata logo por detrás da Sra da Peneda... Posted by Picasa

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Férias - dia quatro ponto dois


Atravessa-se por completo a zona dos serviços florestais e sobe-se até passar um corte numa crista, crista esta que divide as águas que derivam para o Minho (rio Mouro) das que são tributárias do Lima para sul(rio Peneda). Depois começámos lentamente a descer, e a sair da névoa. Logo a seguir, por entre um coberto vegetal agradável, aqui e ali começámos a cruzar em pequenas pontes o rio Peneda. A cruzarmo-nos com gente e gado castrejo, de chifres à barrosã, ocupando meia estrada. De súbito, meia dúzia de garranos, atravessaram-se à nossa frente. A Catarina não terá visto bem o fenómeno, pois dormia. Chamámos, abriu os olhos, e fechou-os. Há cavalos no Gerês ? Desculpem mas só os vi na Peneda.
Continuando a descer, apareceram as casas da Sra da Peneda. O santuário, que julgo ser do séc. XIX, domina um vale apertado onde uma enorme mole granítica, que fica imediatamente sobrejacente à igreja, dá o tom. O adro, virado a sul, está rodeado pelas instalações anexas ao santuário, onde se inscrevem tendas, vendas, cafés, um restaurante,e um hotel recém-restaurado. Estava quase tudo fechado. E ouvia-se um barulho incessante de uma grande cascata. No cimo da Peneda há um pequeno lago represado, que habitualmente deita apenas um pequeno fio de água cá para baixo, passando sob o hotel por um caneiro, que depois segue até ao rio. Hoje, esse fio de água era uma cascata impaciente e ruidosa, medida exacta dos dias de chuva que nos tinham precedido. O caneiro espumava hotel e aldeia abaixo até embater no Peneda e talvez duplicar-lhe o caudal. Parara de chover, saímos do carro para as fotografias e alguma ginástica. Uma velhinha da aldeia aproveitou para meter conversa: a primeira represa, para dar luz eléctrica ao santuário fôra feita nos anos quarenta. O dinheiro escasseou, as fundações mal feitas, veio a represa abaixo horas depois da inauguração e o hotel foi inundado. Depois tinham feito outra. O hotel re-reabrira este ano, mas quartos muito caros, impróprios para peregrinos... Voltámos finalmente a Melgaço.
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Férias - dia quatro ponto um


Terça-feira era o dia descrito em todos os jornais como o de viragem no tempo: deixaria de chover. Sendo assim arriscou-se e decidimos ir almoçar a Castro Laboreiro. Repetiu-se o espanto da estrada lindíssima até Lamas de Mouro, progressivamente deixando as mimosas e o eucalipto para trás até chegar à zona que entremeia terrenos de pasto de animais, cultivo e terra nua, com o rio Mouro ao lado. Chegados a um cruzamento virámos à esquerda. Subia-se um pouco mais, e o nevoeiro apareceu. Morrinhava. Os grandes pedregulhos começaram a aparecer por entre o branco. E por uma recta entrámos em Castro Laboreiro. Cães da raça autóctone eram oferecidos (a bom preço) em cada portão de quinta. Chovia agora a bom chover. A estalagem do Castro Laboreiro estava fechada. O pequeno centro da vila, ainda em pedra da antiga misturava casas em ruínas com outras recuperadas. Pouco acima chegava-se ao miradouro, desenhado por arquitectos da mesma família dos autores da Porta de Lamas de Mouro, mas aqui com muito menos fortuna. O que dali se via, o nevoeiro não deixava ver. À direita a Albergaria Miracastro, nosso destino gastronómico. À esquerda um inenarrável condomínio fechado de 2ªs residências, em construção. Impossível? Não, nas terras do comunitarismo alguém achou uma coisa assim ter cabimento. Corremos para a Albergaria a pedir comida e abrigo. E um Alvarinho para esquecer estas mágoas, mais o tempo aziago.
O melhor estava para vir: o bacalhau com broa. O dono da coisa olhou-nos reservado, pois pedimos só uma dose. Mas a cara de deliciados com o deslizar do manjar deve-o ter compensado. Poucas vezes digo isto, mas tratava-se de um prato que só por si merece a viagem. Pelas janelas a vista era inexistente, de tão branca, o nevoeiro completamente fechado. Voltámos à Scenic pensando ir para o hotel, mas no cruzamento decidi derivar para a Sra. Da Peneda.

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Persecutório

Estilo de futebol em que o jogador adversário procura incessantemente atingir-nos as pernas ou outras partes mais elevadas do corpo mesmo quando o nosso companheiro de equipa já vai com a bola uns quantos metros à frente e em vias de marcar golo. Rima com locutório (é de loucos) e repercutório (percussão muitas vezes). Nunca dá cartão amarelo, primeiro porque esta é a côr de medicina e há que ter respeito, segundo porque o árbitro costuma ser amigo da enfermeira da família...

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Os tais aviões da CIA

Parece então que uns tais aviões-prisão da CIA andam por aí a aterrar onde lhes apetece, Portugal incluído, com uma data de suspeitos dentro, etc. e tal. O Freitas diz que é mentira e que não tem conhecimento. A sua perda de conhecimento é já um facto adquirido. Embora se calhar nos seja menos nocivo a dormir do que acordado. A CIA faz o que muito bem entende (sempre fez, o que se calhar não ajuda à sua eficiência), e Portugal assiste. Mas não ouço as pessoas preocupadas com o que se passa dentro dos aviões...

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terça-feira, novembro 22, 2005

October

É o nome da mais recente colectânea imsucks. Que será distribuida mano in mano aos amigos do costume. Pousar os disquinhos na salinha B2 já seria um anacronismo, não ? O elenco aparecerá em imsucks.com amanhã. Os curiosos mandem email.

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Madonna nº 47


Com um tema feito sobre uma malha dos Abba, Madonna volta à pista de dança para reclamar o trono. O teledisco é apenas isso, voltar a pôr as coisas onde estavam, Madonna is the best white dancer in the neighborhood. Hung up é muito inferior aos singles da fase Mirwais, mas é assim a vida... Posted by Picasa

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Férias- dia três ponto dois


A subida para Lamas de Mouro empina até ao Cubalhão, depois amaina. O Cubalhão e Pomares, as duas aldeias já semi-serranas nada têm já de típico, para além do campo em redor, e dos animais. Pouco antes do cruzamento de Lamas de Mouro a serra despe-se por completo, sobrando apenas o regatear do rio Mouro, ao lado. Eis o primeiro encantamento, este sem qualquer intervenção humana. Logo depois do cruzamento, começa a área de lazer que já foi parque dos serviços florestais. A estrada serve ainda um parque de campismo e depois segue para a Sra das Neves que é como quem diz, da Peneda.
Esta zona é idílica. Aqui está a única Porta completamente executada do PN da Peneda-Gerês, espécie de reparação ao facto de a metade norte - Peneda - ser a área menos conhecida e valorizada do Parque. E ainda bem. Chegámos com vento e chuva grossa. A família. A minha visita começou pelas instalações sanitárias. Mas o licenciado em turismo que depois nos aturou uma hora não se chateou com o pormenor. Quase explicou toda a Peneda, pôs a Catarina a fazer desenhos, disse onde bem comer, enfim... quase nosesquecemos que continuava a chover. As suas sugestões assumiam destrezas de caminhante que com uma criança de 7 anos... "no meio do nevoeiro o melhor é parar e, se preciso, passar ali a noite..." eh, eh, eh, e nós com o Monte Prado à espera... A Porta é constituida por vários blocos de agradável arquitectura actual, com múltiplas funcionalidades. Recebemos toneladas de informação e quilómetros de simpatia. Brandas, inverneiras, bacalhau com broa, bois e garranos, o lobo... No fim ainda chovia, mas já era noite. Posted by Picasa

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Férias - dia três ponto um


Melgaço é uma pequena vila de fronteira. Embora hoje já não haja fronteira... Tem um pequeno núcleo histórico semirodeado de muralha, com ruas estreitinhas, bem acondicionadas e tranquilas, ou mais ou menos, pois tinham música de fundo (!?!) da Rádio Melgaço (Sade Adu para o caso...). À esquerda vimos um anúncio de um museu, e à direita numa casa apalaçada o Solar do Alvarinho. Com criança adossada optámos pelo museu.
Este é de cinema - o único em Portugal (!), e compreende o espólio de um senhor Jean-Loup Passek, ex(?)-director da secção de cinema do Georges Ponpidou e do festival de cinema de La Rochelle, cinéfilo dos antigos, que se enamorou do Alto Minho e hoje tem retirada casa em Melgaço, e que doou as suas coisas à CM Melgaço. O museu que visitámos é ainda e só a ponta do iceberg. Era a antiga casa da Guarda Fiscal. A Catarina aproveitou sobretudo meia hora de Chaplin, que esta sempre em exibição, alternando com Tati. O resto era cartazes, fotografias, preciosidades de há duzentos e há cem anos... uma agradabilíssima surpresa. Almoçámos depois numa tasca razoável do centro histórico. Chuviscava. Visitámos o castelo. E seguimos para Lamas de Mouro. Posted by Picasa

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segunda-feira, novembro 21, 2005

Centro de Ocio "El Puerto" ou de como A Coruña perdeu os papéis...


� Em mais um fim-de-semana em A Coruña sofri o desgosto de frequentar o novo Centro de Ocio El Puerto. Simplesmente abominável. E faço minhas as palavras de um site galego e em galego, www.vieiros.com:
"o venres celebrouse na mariñeira cidade da Coruña a apertura dun chamado "Centro de Ocio" co nome de "El Puerto" (en castelán). "El Puerto", que máis ben parece un aeroporto, construíuse a carón dun Pazo de Congresos tamén acabado de estrear. O "conxunto urbanístico" localízase en pleno centro da Coruña, fronte às súas Galerías senlleiras, detrás de edificios modernistas e a carón do que hai pouco tempo era o porto pesqueiro. Claro que o peixe cheira a peixe e a sal; o "Centro de Ocio" a cartos e a graxa animal.

O "Centro de Ocio El Puerto" non admite valoración. Un espantallo de tal magnitude non merece un adxectivo, só unha repulsa. O "Centro de Ocio El Puerto" representa o imperio do cemento, do plástico, do Burger e do popcorn sobre o mar, a pedra, o aire e a tradición. O "Centro de Ocio El Puerto" simboliza a política do home-show, do líder único, do mercader dos "votos chandal". O "Centro de Ocio El Puerto" reúne nun espazo o peor dos peores centros comerciais, e faino agochando o mar, ao que se chega tras abrir dúas portas batentes e traspasar un enxamio de mesas, cadeiras e lixo sobre o chan. Aló, na trastenda, queda o mar cantado por Martín Códax, por Alberti, por Serratí o mar engaiolado tras unha verxa arrepiante, o mar, onde queda o mar? Os borregos tamén queremos ver o mar.

O "Centro de Ocio El Puerto" é un monumento pailán e hortera construído no delirio dunha suposta modernidade mal entendida, cutre e vulgar que deturpa unha cidade co privilexio de integrar o mar no seu casco histórico. Non quixera comparar pero comparo o "Centro de Ocio El Puerto" coas zonas marítimas de Alicante ou Barcelona onde o mar é venerado como patrón dos establecementos nelas instalados.

A nova Galicia ten que demostrar ao mundo que o seu goberno caeu en mans de xentes de ben, sabedores de que os caprichos e ideas nefastas dos próceres perennes nunca máis prosperarán ante o funcionamento racional das súas institucións democráticas.

Penso na miña cidade, na Coruña, e nos millóns de euros gastados ou por gastar nas terrazas de esmalte nas prazas señoriais, nos obeliscos de Nadal, nos ascensores para subir aos parques (!), nos trenes chu-chú, nas estatuas aos beatles, nos tramos de paseo marítimo que non conducen a ningures, que non recuperan barrios, que non producen zonas residenciais, que só pavimentan a beira do mar. Penso neses dispendios millonarios e innecesarios e imaxino os proxectos innovadores que se poder�an ter promovido, as iniciativas emprendedoras que se poderían ter apoiado, nas experiencias investigadoras que se poderían ter auspiciado, nas actuacións medioambientais que se poderían ter propiciado, e pido que a nova Galicia, esa que principiou o pasado martes día 2, consiga administrar con lealdade e intelixencia os seus recursos de cara ao ben común.

Por suposto, no "Centro de Ocio El Puerto" non atoparán nin unha soa palabra na lingua do país. Se cadra porque é a lingua da pedra e tamén a lingua do mar."


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quinta-feira, novembro 17, 2005

Engenharia Alimentar

Um amigo meu trabalha em engenharia alimentar e foi-lhe oferecida recentemente uma colaboradora para optimizar a sua capacidade de trabalho no ramo: o meu amigo é gestor. Ao fim de um mês e algo esse meu amigo estava razoavelmente contente com a colaboradora - sizuda, discreta, cumpria com eficiência as funções que lhe eram entregues, etc. Foi chamado ao gabinete do chefe da unidade de produção. "Ribeiro..." (assim se chama o meu amigo), "temos um pequeno problema, a sua colaboradora decidiu mudar de secção e derivar para os produtos lácteos, aliás decidiu isto há já um mês e meteu os papéis para a transferência, mas como os papéis tardavam em aparecer veio falar comigo, ela vai para casa uns tempos, ela está muito atingida, nem teve coragem de falar consigo, pediu-me... você entende... não temos é outra colaboradora para pôr a trabalhar consigo durante uns tempos... terá que dar o seu melhor, eu sei que posso contar consigo!"
O meu amigo também ficou um bocado atingido. E com mais trabalho. E a pensar... "ela atingida, como? Por um camião? E porque não?"

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segunda-feira, novembro 14, 2005

Lido

Mais um livro. Ver no Leituras...

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Férias- dia dois


Acordámos a tempo para documentar o generoso buffet matinal do grande Grande Hotel San Martín. Chuviscava. Depois saímos e decidimos passear calmamente pela parte velha de Ourense. Não levámos câmara fotográfica, e fizemos mal. Aqui e ali, a Ourense antiga aparece e faz-se admirar. Após o Paseo e a deriva para a Praza Maior, fomos rodeando a Catedral, e por ali comemos - bem. Depois tomámos um café no Cafe Latino, espectacularmente ambientado, preparado para jazz - jams nocturnas. Descemos até às Burgas, três fontes termais de água muito quente onde ainda hoje os passantes indígenas lavam a cara, num misto de magia e dermatologia medieval. Eu vi. Estas fontes, do mais interessante que Ourense tem, estão acomodadas quase num desvão. A umas Madrilenas-like que me pediram informações (porque será que toda a gente me pede informações ?) referi que não, em Ourense realmente não havia sítio onde banhar-se naquelas águas. O que é mentira: há. Chovia e não chovia. Descemos ainda mais, até ao rio. Ourense vive de costas voltadas para o rio Miño. O que é uma pena. Enfiou-lhe com uma ponte nova ultra-moderna, bem feia por sinal, em cima; passeou-o pelos lados, mas nada, os Ourensanos pouco por lá param. Chovia, também... Pegámos nas coisas, e destino Melgaço. Onde chegámos já de noite, hotel Monte Prado. Mas isto já é outra história... Posted by Picasa

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sábado, novembro 12, 2005

Manifestação em Madrid pela "liberdade de ensino"

Hoje dezenas de milhares de espanhóis manifestaram-se em Madrid pela "liberdade de ensino" e contra a nova lei de organização da educação (LOE) onde eram reescritas as formas de relação entre o estado e as escolas privadas subvencionadas (na maioria católicas) e o ensino na escola pública da religião era colocado como opcional e não obrigatório, como na lei anterior do governo de Aznar, não promulgada. Acrescente-se que, na lei do governo PP, a cadeira de religião tinha nota... Por detrás desta manifestação estão muitas organizações da área do PP e da Igreja Católica Española. Para percebermos nós, os portugueses, como por aqui estamos bem, leiam este texto do arcebispo de Madrid, monsenhor Rouco Varela, http://www.archimadrid.es/princi/menu/vozcar/framecar/conferencias/27102005.htm, e que nunca poderia ser subscrito por ex. por alguém por ex. da inteligência do cardeal-patriarca de Lisboa...
Mais uma das vantagens do 25 de Abril, não discipiendas...

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E ainda...

Una mujer va a comprar a Ikea un armario. Para que le salga más barato, lo compra desmontado, para montarlo ella en casa.
Llega a casa, lo monta y le queda perfecto, pero en ese momento
pasa el metro (ella vive justo encima de la estación) y el armario cae
desmontado al suelo. Lo vuelve a montar, vuelve a pasar el metro y el
armario se cae a trozos de nuevo...
Tras el tercer intento, muy mosqueada llama a Ikea, explica el
problema, y le dicen que le envían a un técnico. Llega el técnico, monta
el
armario, que queda de narices. Pasa el metro y....BRUMMMMMM, el armario se
desmonta otra vez. Finalmente el técnico le dice a la señora:
; -Mire, lo montaré otra vez y me meteré dentro y cuando pase el
metro, desde dentro, veré mejor por donde cae.
; Lo monta, se mete dentro y en ese momento aparece el marido de la
mujer:
; -Cariño, que armario tan bonito. Abre la puerta, ve al instalador,
y le dice:
-¿Usted que hace aquí?
-Pues mire, casi que le voy a decir que he venido a follarme a su
mujer, porque si le digo que estoy esperando el metro, no se lo va a
creer.....



(idem...)

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Síntesis, etc

CAPACIDAD DE SÍNTESIS
Es real.
Examen en el Colegio Público Nacional "García Lorca".
Madrid. Jueves, 11,30 horas

Asignatura: Lengua española
Ejercicio: Composición literaria que contenga los siguientes
temas:
1- Sexo
2- Monarquía
3- Religión
4- Misterio
Recomendaciones del profesor: brevedad y concisión
Respuesta de uno de los alumnos:
"¡SE FOLLARON A LA REINA!, ¡DIOS MÍO!, ¿QUIEN HABRÁ SIDO?"


(Gracias, Bego !)

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Mler Ife Dada - Coisas Que Fascinam, 1987


Comprado e ouvido e comprado: um monumento musical editado em 1987. Nuno Rebelo e amigos em viagem muito alta. Com um único sucessor: "Espírito Invisível" em 1989. Destaques ? O disco todo. Muita New York underground, música do mundo avant la lettre (cá, claro...) e, crípticamente, o fado, e, burlescamente, cabarés, e tudo o que viesse à mão. E o poema "Alfama". Posted by Picasa

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sexta-feira, novembro 11, 2005

Férias - dia um


Ourense é em população a 3ª cidade da Galiza, a seguir a Vigo e A Coruña, ultrapassando por pouco os cem mil habitantes e Santiago de Compostela. É capital da província interior sul do quadrilátero galego, aquela que por proximidade mais se aconchegará em parecenças a Trás-os-Montes. E assim é.
Não conhecia Ourense. Cidade antiga, com origem julgo que num cruzamento viário sobranceiro ao rio Minho mas por sul, e com uma antiquíssimas termas, As Burgas.
A viagem não é muito longa, trata-se de subir em auto-estrada até Porriño e depois desviar para Madrid, que é como quem diz Ourense. Sobe-se um bocado mas, como é em SCUT à espanhola nem custa tanto, e quando se passa o desvio para Ribadavia, é porque estamos perto. Ribadavia que já conheço, e gosto, e não só pelo Ribeiro. Logo da autovia Ourense aparece-nos confusamente por entre irregularidades de terreno e de trajecto. Chegámos de noite. Uma língua da autovia deixa-nos em plena cidade, em movimento (não muito intenso) de sábado à noite. Pensamos que uma cidade com um rio a meio será de fácil orientação. Neste caso não é. Pensamos que um hotel alto, o mais alto de todos, vai ser fácil de localizar. Não foi. Parou-se, intermitentes. A recepcionista perguntou-nos se tínhamos um mapa da cidade. Um portento de inteligência. Um hotel alto e possante pode no entanto ter o aparcamento cheio. Mas o parque pago logo em frente...
Após uma incursão por uma faixa Autobus e alguma distimia com a recepcionista, tomámos posse do nosso quarto: dourados, prateados e lacados. Ou não fosse o Gran Hotel San Martín. Inaugurado em 68, renovado em 88.
As cafetarias espanholas (e as galegas também) costumam ser locais de confiança: acolhedores, profissionais, com barulho e televisão em doses regradas, falhando o excesso em ambos os itens aí por meio metro, garantem habitualmente mau café e comida razoável a qualquer hora. A cafetaria do San Martín não era assim. Depois de uñas racións mal amanhadas para acondicionar o estômago para a deita, pelas 23h45m, que por aí seria, um artista vem intimar-nos a pagar após decisão de postre, porque café já não havia que as máquinas já estavam limpas, e como os computadores faziam contas às 24, não sei se me entendes... Levantei-me, pedi a conta, e outro empregado perguntou-me se queria café de saco. Respondi que não, gostaria sim de ser tratado de outra forma. Ou um saco na cabeça do colega, e um nastro a apertar o colarinho, lentamente... À portuguesa, no dia a seguir não houve a reclamação devida, só alguns queixumes à recepção. Lá fomos dormir, depois de enfiar a Scenic no lugar de mais dificil arrumo na garagem do hotel "c'avia", e que afinal tinha aparecido... a 10 euros a noite, mais iva. Para começo de férias a coisa prometia... Ah, e chuviscou todo o dia e toda a noite. Posted by Picasa

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