quinta-feira, junho 30, 2005

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Dizem que um dos melhores albuns de jazz vocal masculino, não é, Hector ? Pena a capa do CD não ser a como a original, que não consegui. Vide http://www.wwoz.org/html/hartman.html 

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Quem o quer comprar ? Vendo barato... Posted by Hello

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quarta-feira, junho 29, 2005

O Prestige, lembram-se ? Agora que se foi o Fraga...

UMA QUESTÃO DE PRESTÍGIO

Galiza, vou-te uma vez mais explicar o teu problema, o de
uma dor autonómica já antiga que te fez agenciadora de
viagens, terra em vivo desmantelo, silêncio de vacas e
entregaitas, de Fisterra e Catedrais – praia. Negros os telhados
já tinhas de muitas casas que para ti tinham emigrado como
chapéus disformes de enormes estátuas da Ilha de Páscoa,
amén, assim as querias, agora Madrid e o Mundo oferecem-te
nova viuvez mas para anos e em forma de um petroleiro de
nome requintadamente irónico. Madrid fere-te de morte, e
Lisboa sorteia para o olvido a história de uns quantos galegos
que há nove séculos a quizeram moura e ali foram de
conquista mais uns cruzados, homens, petróleo não, embora a
mesma rota. E é vida, dizem, esta a dos galegos. Os do sul
também.

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A água espanhola, que é também a nossa... ou não.

"Nos acostámos trasvasistas y despertámos medioambientales..."...
2ª, 3ª e 4ª feira desta semana o El País publicou três artigos de fundo sobre o problema da água no país vizinho.
O problema espanhol da água não tem a ver com quanta água gasta Évora e se os contentores dos bombeiros chegam para abastecer Messejana.
Em Espanha o consumo da água é em 80% na agricultura. E preferencialmente nas comunidades de Murcia, Comunidade Valenciana e na Andaluzia Oriental, em mares de regadio e urbanizações de estufas intermináveis. A fruticultura espanhola é a mais forte da Europa e fez a fortuna recente do chamado Arco Mediterrânico (as zonas atrás ditas), atraindo gente e mais gente, imigrantes, migrantes, investidores, etc. Murcia é das cidades espanholas com maior crescimento, e não é pelo turismo. Só que, onde está o Wally, digo, a água ?
O Arco Mediterrânico é altamente deficitário em água, e a gestão espanhola dos seus recursos aquáticos está a atingir níveis críticos, que o presente ano de sequia só veio agravar. É a Espanha o país europeu com mais barragens e represas. O número de poços e furos, metade deles clandestinos, é astronómico. E já há transvase entre rios, nomeadamente entre o Tejo/Tajo e o Segura (justamente o que irriga as terras de Murcia). O transvase do Ebro, empresa megalómana da governação PP foi parada pelo PSOE e pela forte oposição Catalano-Aragonesa.
Perguntarão: mas a água não é um bem de toda a Espanha, e não estamos a quebrar a solidariedade territorial ? Não é a agricultura do Arco Mediterrânico a única com futuro, certo que o trigo, o milho, a beterraba e o arroz, quando a PAC ruir, vão possivelmente desaparecer do horizonte espanhol (como já quase desapareceram do horizonte português...) ? Isto é, a Espanha do norte e da meseta vai querer água para quê ?
Mas... fez-se todo aquele regadio em terras tecnicamente às portas da definição de "deserto", a contar com que água ?
Estamos nós portugueses a perceber como o Alqueva chegou às nossas terras um pouco tarde demais...
Mais uma negociação difícil nos anos vindouros anos para o governo PSOE. Entretanto, Espanha lidera a tecnologia europeia na dessalinização, e vai investir milhões na modernização das condutas (1/3 da água perde-se antes de chegar à rega). A política de transvases parece abandonada, bem como a de mais barragens. E vai-se tentar impedir que se faça mais regadio no sul (difícil...). Claro que há também o problema dos campos de golfe...
A Espanha portanto lida (mais ou menos...) com uma preocupante gestão aquífera, e ainda não sabemos o resultado final...
E nós, invisíveis, deste lado da fronteira.

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A União Europeia

Uma opinião tranquila sobre a União Europeia: http://www.opendemocracy.net/democracy-europe_constitution/union_2623.jsp

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No Trees in London

"While still in Africa I used to think there were no trees in London. Because Africa is totally bush, people imagine London is so modern that there are no trees, no bush. Maybe people here think that there are no buildings in Africa."
Onesimus, Ruanda, refugiado em Londres, 2005

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terça-feira, junho 28, 2005

René Char

Dans un sentier étroit
J'écris ma confidence.
N'est pas minuit qui veut.

L'écho est mon voisin.
La brume est ma suivante.

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Quem, eu ? Posted by Hello

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Hello again


Açores, 1991, Blissed Out, disco de remisturas rave dos Beloved. Pôr do Sol nas Velas, São Jorge. E a minha vida mudou. Posted by Hello

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A senhorita Manto, Ministra de Saúde da África do Sul

Claro que não nos podemos queixar, ao menos o nosso ministro não manda comer aos doentes com SIDA alho e casca de limão como alternativa aos ARV's... A boa da senhora lá vai dizendo que este tipo de medicações são bem mais baratas, e isentas de efeitos laterais. O alho, por ex., faz muito bem aos problemas com fungos "no intestino e na vagina".
Ficamos a saber que nos conselhos de ministros lá em Pretória, todos ficam a saber quando a senhorita Manto está com a Candidíase...

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segunda-feira, junho 27, 2005

Carcavelinhos

Foi o Carcavelinhos um dos clubes históricos da neonatologia do nosso futebol.
E o famoso Arrastão de Carcavelos é nisso que se está a transformar, num pequeno Carcavelinhos. Diz-se-Diz-se que afinal eram só umas dezenas, que as fotografias e o vídeo da confusão são só depois da polícia entrar em acção. "A Capital", esse jornal de referência, diz que queixas de furto como consequência do Arrastão não houve nem uma... e claro que as declarações vindas do Bloco pela Ana Drago não ajudam à coisa, não sei porquê ninguém acredita muito nela...
E a polícia, já que antes do mais isto é um caso de polícia ? O que tem ela a dizer ?
Claro que a desintegração já lá estava e continuará a estar.
Ou tudo isto foi uma manobra multi-étnica que partiu do governo com a colaboração do núcleo PS da Cova da Moura para identificar (manifestação do Martim Moniz) todos os neo-nazis da Grande Lisboa ?

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sexta-feira, junho 24, 2005

Memórias do Último Terço ou em sequência da Magna... Carta

Um amigo meu, que é médico, já foi, há muito tempo, interno. Pelo que ele refere, nos seus primeiros tempos muito perdidito terá andado, sem saber muito bem a quem recorrer, com quem se aconselhar sobre.
Conta ele aliás uma anedota que ilustra bem esses tempos: um belo dia um simpático especialista disse-lhe que, para haver avaliação do 1º ano, era necessário um relatório. "Meia dúzia de folhinhas, não mais". Assim fez. Teve a pior nota do ano. Os outros mostraram os seus dotes com circunstaciados relatórios, e foram devidamente recompensados. No ano 2 de tão brilhante carreira, o meu amigo já fez um relatório espesso, dilatado. Naqueles tempos recuados não havia obrigatoriedade de observação e discussão de doente. Por teimosia e outras idiosincrasias não deu outra vez o relatório a ver a ninguém. Entretanto estava contente consigo próprio, enquanto médico sentia-se crescer, nem por um momento duvidava das suas opções... voltou a ser o último. No 3º ano - levou tempo mas...- já tinha percebido que dialecto usar por escrito nesses terríveis relatórios. E começara a publicar com, o que era um aviso à navegação de que... foi primeiro, ex-aequo, melhor era impossível. De um ano para outro subiu quase dois valores. Não sabia onde tinham medido esta melhoria, mas talvez sem ele se ter apercebido, ela acontecera !
No meio de tudo isto, nunca por nunca pensara em mudar de especialidade. Pensara sim em mudar de serviço...
The rest...
Esta foi dedicada aos três terços, o um, o dois, e também é para ti, ó três. Com a certeza de que o meu amigo nunca pertenceu ao terço do meio.

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quinta-feira, junho 23, 2005

A segunda oportunidade do Dr. Correia de Campos

Antes não sabíamos, agora já sabemos do porquê de ter sido dada uma 2ª oportunidade enquanto ministro da saúde ao Dr. Correia de Campos: ele desejava ser um promotor incansável da higiene no hospital de S.João (HSJ). O meu amigo médico está estupefacto. E agitado.
Terá o HSJ muitas infecções hospitalares. Mais do que outros hospitais. Não sabemos porém isto como se compara, pois as populações de doentes serão iguais, as mesmas comorbilidades, o grau de gravidade ? Uma discussão sobre infecção hospitalar, portanto iatrogénica - descodificando, provocada pelo mesmo sistema que em princípio só deveria tratar e curar - implica alguma seriedade. Até porque uma percentagem não negligenciável dessas infecções leva à morte de quem as contrai.
Diz o ministro: "vá, vá, lavem as mãos, e mudem as luvas que isso passa !" Donde serem os profissionais do HSJ uns porcos imundos, e os dos outro hospitais não devem ser ! O meu amigo médico, para extremar a amostra está a pensar o que fazer com as ranhetas em horário de trabalho, e em aligeirar adicionalmente nos cuidados de higiene nas idas ao wc.
Sabe sr. ministro, que em algumas enfermarias do HSJ, por sobrelotação os doentes podem tocar uns nos outros, partilhar fleimas, etc. ? E que os sacos colectores de urina das algálias repousam no entrepernas, por não haver verba para comprar aqueles coisinhos de metal que os penduram da beira das camas ?
Eu porém até compreendo o destempero da lição higienizante, pois do outro lado estava a coisa do costume "isto com mais umas obritas..." !
Agora o meu amigo, sr. ministro, eu almoço com ele todos os dias, e ele até é bem limpinho !

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quarta-feira, junho 22, 2005

Music

Finalmente, a escolha Underworld cá fora. Os temas no site imsucks.com, o texto já lá estava.
Feita uma selecção de temas energéticos para o disco que se segue: IMS's June, a cuspir, espero prá semana.
Por outro lado, confesso que a ideia CD's "ali na salinha" já me foi mais sorridente... sugiram alternativas...

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Mas Sampaio está vivo !...

É, morreu muita gente recentemente, mas Jorge Sampaio não.
Senão vejamos, ele acha que os bancos portugueses são maus. Que emprestam demasiado para comprar leitores de DVD's, e para ir para Bazaruto, e comprar a BMW X5 como-aquela-em-que-o-Carlos-Cruz-fugiu-a-260... E que não emprestam para I&D...
E perguntam os banqueiros, e os restantes portugueses: I & quê ?!?!?
A tal doença da variante humana está a atacar em várias frentes ao mesmo tempo...

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terça-feira, junho 21, 2005

A Magna... Carta

Um amigo meu, que é médico, esteve hoje a vigiar exames. E com o que viu, afinal aprendeu. Primeiro, aprendeu que o ministério é um triste. Com um atraso havido no exame não conseguiu salas decentes para a execução do mesmo, e aí estiveram 60 candidatos mais 8 médicos num anfiteatro sem ar condicionado, duas horas e meia... Sim, oito médicos oito, porque o ministério enganou-se e convocou gente a mais... ou achou que faltariam muitos... e não faltaram.
Mas dizia o meu amigo, médico, internista, que os internos de medicina também obedecem à regra dos terços, a saber: um terço pede e obtém protecção, trabalha com os eleitos, começa a brilhar no escuro. Outro terço ainda nem percebeu que existe, ou que não existe, ou que sucede ou sequer que faça. Um terceiro terço está ali no meio... e levanta o dedo indicador e percebe donde sopram os ventos... sem protecção, sem eleição, este terço o meu amigo viu-o ontem nos anfiteatros, a repetir exame. E compreendeu, embora tivesse pena.

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segunda-feira, junho 20, 2005

Steiner e a Medicina

Um amigo meu, que é médico, tem passado os últimos meses a defrontar-se intelectualmente com os escritos de George Steiner, um filósofo, uma espécie de esteta eurocéptico, or whatever. E tem perdido em toda a linha. É demasiada cultura, e demasiado saber. Embora ele esteja agradecido a quem primeiro lhe ofereceu um escrito do "mano", a humilhação tem sido grande, extensa.
Por exemplo "As Lições dos Mestres", último livro tentado, foi um... 15-0, praí...
Porém ficou a ideia clara de que hoje, na Medicina, não há Mestres, apenas Instrutores de Estratégia que, por uma módica quantia - ou a tua alma...

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sábado, junho 18, 2005

Flair of Blair


Afinal a Europa é uma questão financeira. Afinal a Europa não resiste a um confronto entre calculadoras. E, ao contrário da maioria dos titulares dos jornais europeus de hoje, o grande culpado do impasse orçamental europeu não é Tony Blair mas sim Chirac. A França é europeia, como praticamente hoje todos, se isso é bom para ela. O apoio à agricultura francesa é imoral. A Inglaterra tem uma agricultura modelo; a França tem uma agricultura modelo que todos nós pagamos. A lógica Auchan/Carrefour deve ser destruida. Custa-me dizer isto, mas Blair is the man !
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quinta-feira, junho 16, 2005

Emblema Sportinguista em perda

Todas as confusões recentes com declarações de jogadores a querer sair e a maltratar o nome do clube mostram que as coisas não andam bem. Niculae, Enakharire, Liedson, ninguém quer ficar naquele balneário. De quem é a culpa ?

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quarta-feira, junho 15, 2005


Michael Jackson by Jeff Koons. Ainda dizem que não estamos no século XXI. Posted by Hello

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Just in case...

Uma pequena notícia na net fala de um estudo nascido num hospital de Jerusalém (funny place to...) onde, em 68 doentes com Alzheimer leve foram feitos questionários para aferir o seu nível de espiritualidade/religiosidade. Ao fazer um seguimento prolongado, nos doente com um nível de espiritualidade mais elevado, o Alzheimer progredia mais devagar... Bom, é um fait divers.

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The White Stripes


Agora que já temos acesso ao novo disco dos White Stripes, que tem o apropriado nome "Get Behind Me Satan", não posso deixar de reforçar que "Elephant", o disco anterior, é do melhor rock que se faz hoje, deste e daquele lado da galáxia. Os White Stripes são dois irmãos, Jack White nas guitarras e Meg White na bateria. Os dois fazem mais barulho do que... resumindo, são imparáveis. Rock é Rhytm & Blues com mais força, mais directo. E a estes meninos força não lhes falta. Lembram os Gun Club de "Fire of Love". Mas melhores porque são mais sexy. Hoje o Rock voltou a vender, embora com frequência soe muito a requentado. Os White Stripes não. They're The Real Thing. Por isso o nome do novo disco: o diabo não vai à frente, mas atrás deles ! Posted by Hello

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terça-feira, junho 14, 2005

Eugénio de Andrade 3


"...o medo de perder quem me perdia//Hoje deitei-me ao lado da minha solidão"

A poesia é uma coisa solitária. Um pensar, um estremecer, um gesto. E em Eugénio de Andrade a solidão é omnipresente. Embrulhada na saudade, ou na ânsia, ou na memória dourada daqueles momentos de encontro, onde um outro silêncio preenchia o espaço todo. A poesia é então a moldura em teia de aranha deste silêncio daqui, mais pequeno, quando alguém se foi embora, nem que de si próprio. Posted by Hello

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Eugénio de Andrade 2

Lembro o que todos sabem mas não sabem: nascido em Póvoa da Atalaia, Fundão, a sua avó materna é Extremeña, da província de Cáceres, mais concretamente de Valverde del Fresno, que se casou com um português de nome Guilherme... Isto não faz de Andrade um poeta raiano. Mas é verdade que será dos poetas do século XX português mais próximos de determinada forma espanhola de fazer poesia.

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Carcavelos 2

Os jornais, sempre atentos, referem que este "arrastão" afinal não era o primeiro, e fazem reportagens sobre os condomínios fechados, a segurança privada, peças bem mais fáceis de escrever do que outras sobre exclusão, falta de modelos, etc. Engraçado, vi agora à tarde mais umas imagens do "Elephant" do Gus van Sant. Falta de modelos, desconexão de um sentido para o que seja, suspensão, ilusão, perda, reacção. E não é uma guerra esta vida ? Não é esta nossa sociedade uma espécie de pax romana ?

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Eugénio de Andrade morreu


"é o silêncio é por fim o silêncio
vai desabar"


O balanço é difícil, morreu Álvaro Cunhal, morreu Eugénio de Andrade. Lembro-me de há muitos anos um acampamento, à beira-rio, éramos muito jovens, e de uma inocência quase dolorosa. A chuva o maior dos crimes, o riso uma tempestade. Jovens como nós andavam entre pinheiros com o seu livrinho do Eugénio de Andrade na mão, como um missal. Espero sejam hoje pessoas de bem, como não - com tal guia. Eu segui outros missais e pequei ao desdenhar aquelas capinhas brancas, matéria da fé. Mas embora nem todos lessem o que ali era escrito, a verdade por ali andava.
É frase comum dizer que a sua poesia envelheceu. E? Tentai escrever assim tão alto, jovens. É costume só ir às "Mãos e os Frutos", e depois antologiar. Não importa. Como me sinto pobre hoje. Não sei para onde ir. O melhor é mesmo nunca os ter conhecido, estes poetas. Estás perante referências perenes, estatuária incandescente, nunca te faltarão. Está perto o dia onde em Portugal só rezarão os mortos. Rezar: pedir ao dia, tudo o que ele tem para te dar. E seres obrigado a erguer-te à altura de teres um dia mais, possivelmente claro, provavelmente luminoso. Estamos parados. Morreu o Álvaro Cunhal, que foi capa, o Eugénio de Andrade "acolunado" ao lado desta merda toda. Já nada nos espanta.
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segunda-feira, junho 13, 2005

Carcavelos

Curioso o "arrastão " de Carcavelos, julgo que avaliado por muitos como "muito longe", ou "muito raro", ou, como uma menina brasileira disse, simplificando, "muito grande", dado que no Brasil costumam ser com menos gente...
A questão é: e agora, o que farão a seguir ?
Lisboa é neste momento culturalmente interessante (aliás ontem nas pobres marchinhas falava-se da "Lisboa mestiça...")muito pela comunidade negra africana que tem. Eles produzem em Lisboa neste momento a melhor comida e a melhor música, dois prazeres.
Mas há que integrar, meus amigos, há que integrar, não vamos terminar a mestiçar com arame farpado e cães à porta...

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sexta-feira, junho 10, 2005

The Yakuza


Este é o cartaz do filme "The Yakuza", ano 1975, realizado por Sidney Pollack e com Robert Mitchum e Ken Takakura. Um must, embora visualizado em pan-and-scan. Quando o puder ver numa sala de cinema serei uma pessoa mais feliz. Escreverei sobre em imsucks.com. Posted by Hello

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E ?


Entretanto constou-me que Mary Pierce perdeu e rapidamente a final de Roland Garros para Justine Hénin-Hardenne. Sim. E ? Posted by Hello

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Figueres Europa 2005


Sim, lá fui a Figueres, Catalunha, uns dias para conhecer o meu sobrinho Gabriel, pachorrento recém-nascido.
E Figueres ? Ou Figueras, para quem prefira a versão castelhana. Aqui fica o museu Dali, essa máquina de fazer dinheiro que Gala e Dali deixaram em testamento a esta terra. Dali, de tão visto, não me interessa. Assegura-me porém, sempre que estou em Figueres turistas às dúzias, jovens e menos jovens, adolescentes inglesas e idosos americanos, famílias japonesas e classes inteiras de alemães. Dinheiro, suor e acne. Estava calor. Fomos almoçar a Cadaqués. Oh, Cadaqués. Mas falemos sobre Figueres.
É uma cidade do tamanho de Aveiro, para aí. É cabeça da comarca do Alt Empordá: à esquerda o mar Mediterrãneo e a Costa Brava, por cima a França disfarçada de Roussillon (agora promovido a Catalunha francesa...), à direita a Garrotxa e o Ripollés, isto é a transição catalã para o Pirinéu. Por baixo Girona, uma cidade-maravilha. Que mais pode querer um mortal ? Ah, e há dinheiro, e trabalho.
Por isso em Figueres há romenos às dúzias, sulamericanos às grosas, magrebis às dezenas e negros subsaharianos aos montes. Para além de uma comunidade cigana bastante notada. O meu amigo Hector diz que é do caldo que saem as melhores fragâncias. Ok.
No hotel em que ficámos fomos surpreendidos uma noite com uma sardinhada grátis no terraço. À mesa, para além do dono, um pouco bebido e hiperactivo, os hóspedes e os empregados. Muito democrático sem dúvida. Empregados ? Romena, cubana, argentina... e a filha do dono, cujo namorado era um engraçadíssimo cabeleireiro françês. Hóspedes ? Nós, alemães, italianos, um argelino casado com uma boliviana, e um inglês simpático que muita conversa meteu comigo. A minha mulher acha que ... e a mim também me pareceu. Mas enfim, não partilhámos mais do que uma cerveja, eu juro. Mas voltemos ao que interessa. Como título nos jornais desses dias falava-se como a comunidade cigana de Figueres estava tranquila apesar do havido em Perpignan (ou Perpinya, ali ao lado no Roussillon Francês, lembram-se ?) onde as comunidades ciganas e magrebis tinham tornado a cidade numa pequena Beirute (e cito o meu amigo inglês, ele estava lá quando).
Claro que o caldo, e etc. But can we stand the heat of this kitchen ?
Coisas assim estão no cerne do não françês mas e sobretudo do não holandês, que eu considero mais preocupante, até por ter uma grande simpatia pelos holandeses.
Mas, claro, uma Europa, A Europa, não se pode fazer por simpatias, não é ?
E eu teria votado sim... Posted by Hello

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quinta-feira, junho 02, 2005

E então para onde vamos ?

Uns dias antes o nosso herói tinha estado numa livraria não multinacional mas quase, e surpreendera-se com o número dos livros de fantasia, magia e mistério que eram escritos e, mais que isso, eram vendidos. Porquê ? Já não no virar do século mas ele virado já há algum tempo, e a meio da sua primeira década, era difícil entender o porquê de neste século vinte e um o entretenimento primário das pessoas – escrito – ser livros de (pouco) engenho passados no medievo. Até porque estes que os compravam ainda não eram a geração Harry Potter. A geração Harry Potter neste momento lia o Código Penal, livros de Engenharia, Arquitectura, Medicina ou sucedâneos… Mexendo e remexendo no bolso das teorias fáceis, o nosso amigo equacionara o bruxedo e decidira que uma profunda falta de magia e encantamento no dia-a-dia das pessoas de hoje só os fazia desejar a evasão subscrita em livros e mais livros sobre cabalistas, caravelas e justas de cavaleiros, dragões, bestas e pés de cabra, com ou sem dama anexa. Aliás já algum tempo antes se interrogara sobre o estrondoso sucesso da trilogia cinematográfica do “Senhor dos Anéis”, com a qual até nem simpatizava por aí além. Esta antipatia era um segredo dos mais bem guardados.
Engraçados tempos estes em que a palavra “racionalista” se transformou num insulto dos mais pesados, como se devorasse criancinhas. Magia ? Não há magia. Dragões ? Esquecendo alguns adejos dorsais de uma população rebelde ali sediada pelas Antas, não há dragões. Nunca houve. Os paleontólogos bem procuram nos sucessivos esqueletos dos répteis mais antigos sinais de movimento, de leveza, um cheiro a correnteza aérea. Mas nada. Naquela pedreira na serra de Aire onde com calculada manha os dinossauros andaram dias e dias para trás e para a frente, hoje sabemos, a deixar marcas para a posteridade, gente houve que buscou nesta ou naquela pegada sinais e sintomas de um peso mais subtil, um raspar mais leve, como quem parte, ou como quem aterra. Cálculos feitos - não senhora, o peso aplicado era o devido. Restava o acaso, a quem ninguém dava demasiada atenção. O acaso.

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Million Dolar what ?

Para quem gostou do filme de C Eastwood, que - confesso - ainda não vi, eis um link com uma mega-crítica, que vos convido a digerir: http://www.sensesofcinema.com/contents/05/35/million_dollar_baby.html

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